O Ministro da Casa Civil da camarilha golpista que usurpou o poder no Brasil, Onyx Lorenzoni, deu mais uma prova do caráter fascista do governo Bolsonaro. Em entrevista recente, à rádio gaúcha Atualidade, ao defender a necessidade de um pacto nacional pela reforma da previdência, o ministro deu como exemplo positivo a ditadura sanguinária de Pinochet no Chile e as profundas e violentas transformações que esta realizou.
Segundo o Ministro: “ no período de Pinochet, o Chile teve que dar um banho de sangue. Triste, o sangue lavou as ruas do Chile, mas as bases macroeconômicas fixadas naquele governo, já passaram oito governos de esquerda e nenhum mexeu nas bases colocadas no Chile no governo Pinochet”. Diante da clara apologia aos métodos fascistas; assassinos para implementação da política neoliberal, e que causou questionamento dos ouvintes, o ministro ainda afirmou: “Provavelmente a turma da esquerda se incomodou porque eu reconheço algum mérito no governo Pinochet”.
A ditadura de Pinochet, que assassinou mais de 30 mil pessoas e torturou e exilou ainda muitas outras, uma das ditaduras mais atrozes e violentas que o mundo já viu, foi a primeira experiência de implementação do neoliberalismo no mundo, diretamente organizada pelo imperialismo e que serviu de modelo a implementação do neoliberalismo no mundo inteiro. Fica evidente, pela fala do ministro, assim como pelas declarações repetidas de apoio a facínoras como Pinochet, Alfredo Stroessner dentre outros, feitas pelo clã Bolsonaro e seus asseclas, que o método fascista, da violência estrema contra o povo, constitui o horizonte ideal do governo, que tende a evoluir para isso, caso a situação permita.
As dificuldades encontradas pelo governo para a implementação da agenda neoliberal, imposta pelo imperialismo, mesmo em uma semi-ditadura como a que vivemos, coloca para a extrema-direita a necessidade da ditadura aberta. A fala do ministro tem por objetivo ameaçar o regime político para aprovação das reformas e angariar apoio do conjunto da burguesia, hoje dividida, para a saída de força.
É uma questão vital para povo brasileiro mobilizar as amplas massas para derrubar este governo colonial, que atende os interesses estrangeiros e que ameaça o povo com tortura e banho de sangue.