Nesse domingo, dia 8 de março, foram realizadas manifestações lembrando o dia da mulher trabalhadora em várias cidades do País. Os atos, embora com toda a limitação imposta pela política da esquerda pequeno-burguesa, foram uma demonstração da necessidade de sair às ruas pela derrubada do governo Bolsonaro.
Quando dissemos limitações da política da esquerda nos referimos desde a convocação, ou melhor dizendo, a não convocação dos atos. Para se ter uma ideia, em algumas cidades importantes como Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre, os atos do 8 de Março foram no dia 9 de março. Em aglumas cidades até mesmo no dia 6 ou 7.
Essa dispersão das datas mostra que a esquerda e as organizações populares não levam a sério sequer a tradição da luta das mulheres.
O mais importante, no entanto, foi a convocação política limitada da maioria dos atos. Se em São Paulo, o ato foi convocado pela Frente Brtasil Popular e pela Marcha Mundial de Mulheres – ligada ao PT – com uma chamado político “mulheres contra Bolsonaro”, em outros locais não foi assim. Na maioria dos locais os chamados eram feitas sobre a base de políticas demagógicas e abstratas como uma “luta contra o machismo”. Não a toa, o ato em São Paulo foi o maior e acabou expressando de maneira mais clara a tendencia de luta contra Bolsonaro.
Mas essa tendência foi clara até mesmo nos atos esvaziados, pouco ou mal convocados. Foi uma constante nas capitais a adesão a palavra de ordem fora Bolsonaro. Os militantes do PCO e as mulheres do Coletivo Rosa Luxemburgo estiveram presentes com adesivos, faixas, panfletos e jornais convocando o fora Bolsonaro. Tudo isso foi amplamente recebido por todos os presentes nos atos. Até mesmo as organizações políticas que se recusaram até agora a chamar o fora Bolsonaro e efetivamente são contra esta palavra de ordem foram nos carros de som gritar “fora Bolsonaro”.
Os atos do 8 de Março mostraram que é preciso intensificar a luta pela derrubada desse governo. Essa é a vontade da esmagadora maioria do povo. Por isso, nos s próximos atos, marcados para os dias 14 e 18 de março é preciso uma ampla convocação, chamando o povo a sair as ruas pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas.