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Fascismo no Futebol

Mais uma censura esdrúxula: PM proíbe a letra B nos estádios

Num momento de aumento da polarização política do país, a burguesia se empenha em controlar ao máximo o esporte do povo

O futebol é o esporte do povo brasileiro. Não à toa, o Brasil é conhecido como o “país do futebol”. E justamente por isso, é natural que as tendências políticas existentes na sociedade brasileira tenham um reflexo imediato sobre esse esporte. O desenvolvimento de tendências fascistas tem levado à uma censura e um controle cada vez maior sobre essa atividade desportiva, em especial, sobre a manifestação e organização popular.

A mais recente ação absurda do Estado brasileiro contra o futebol e o povo é a proibição de que a torcida do Atlético Mineiro possa entra no estádio Mineirão (no clássico que será disputado contra o Cruzeiro no dia 7 de Março) com qualquer objeto ou adereço que tenha a letra “B”. Tal iniciativa de censurar o evento esportivo partiu da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) que apresentou uma lista de materiais que serão proibidos no estádio, pois, segundo a PMMG, seriam de caráter provocativo. A referida proibição da letra “B”, em alusão ao rebaixamento do Cruzeiro para a série B do Campeonato Brasileiro em 2019, seria para não acirrar os ânimos dos torcedores. Além dessa medida autoritária, há ainda outras proibições como: a entrada das torcidas organizadas do Cruzeiro, entrada de mastros, bandeiras, faixas e instrumentos, do “mascote humanizado” do Cruzeiro.

Tal lista de materiais proibidos foi apresentada pela PMMG em reunião com a Federação Mineira de Futebol (FMF), juntamente com os representantes dos clubes Cruzeiro e Atlético-MG.

Diante desta determinação, o Atlético-MG se mostrou contra, afirmando, de forma acertada, que não é função do poder público cercear manifestação da torcida. Assim, o clube promete reverter a decisão via Ministério Público. O vice-presidente do Atlético-MG, Lásaro Cândido Cunha, confirmou a informação ao publicar uma mensagem no Twitter. Ele definiu a determinação como “censura absurda”.

Já o superintendente administrativo do Cruzeiro, Benecy Queiroz, se mostrou favorável à determinação da Polícia Militar de proibir a entrada dos materiais.

“Acho que é uma questão de segurança, e como a PM é responsável por isso, ela determinou isso. E temos que parabenizar a ação da PM, para que todos que irão ao estádio, ver um grande espetáculo, tenham segurança”, afirmou Queiroz.

A postura da diretoria do Cruzeiro é um absurdo aval para a censura, sob a falsa ideia de que seria uma defesa da honra do seu clube. Essa diretoria está ligada ao senador Zezé Perrela (MDB), famoso pelo episódio da “helicoca”, e a mesma que levou o clube à crise atual com o rebaixamento à série B.

A defesa da censura sob a justificativa de que seria uma questão de “bom senso”, para evitar conflitos, ofensas etc, é semelhante à defesa feita por setores de esquerda da censura contra termos considerados “racistas”, ofensivos aos homossexuais, entre outros. Tal defesa é uma “porta aberta” para o fim da liberdade de expressão, o que é extremamente conveniente para a burguesia e suas instituições fascistas ávidas para controlar o povo.

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