O Conselho de Administração da CEF aprovou no último dia 17 de setembro a mudança do estatuto do banco permitindo que diretorias de controle (jurídica, auditoria e corregedoria) sejam ocupadas por representantes não concursados da Caixa.
Foi dado mais um passo, pela direita golpista, no caminho da tentativa de privatização da Caixa ao modificar o estatuto da empresa que estabelece o interesse privado em detrimento ao público. A mudança estabelece que diretorias sejam compostas por executivos oriundos da iniciativa privada, voltados única e exclusivamente para o mercado e acaba com a prerrogativa de que empregados concursados da empresa ocupem diretorias executivas e jurídicas e o cargo de auditor chefe.
Já no mês de agosto o governo golpista havia aberto processo de seleção externa para três das quatro vice-presidências da Caixa, comandada pela firma de localização e avaliação de executivos Russell Reynolds Associates. A empresa presa por designações para clientes dos mercados de capitais e bancários globais, private equity, de gestão de capital de risco, fundo de hedge, ativos e riqueza imobiliários, sua abordagem estratégica está voltada para a localização de executivos de reconhecimento como líderes de mercado. A imprensa golpista deu um grande destaque para o processo externo da escolha das vice-presidência da Caixa como estratégia de “acabar” com as indicações políticas nas empresas estatais. Uma mera manobra distracionista (logicamente que as indicações permanecerão) para colocar no comanda do banco os representantes voltados a entregar a Caixa nas mãos dos banqueiros privados nacionais e internacionais.
A mudança do estatuto da CEF é mais uma medida que visa entregar o patrimônio do povo brasileiro para os abutres capitalistas nacionais e internacionais. A intenção dos golpistas é de abrir o capital da empresa transformando-a em uma Sociedade Anônima com ações negociadas na Bolsa de Valores e transformar um banco que é 100% público em uma empresa voltada única e exclusivamente para obtenção de lucro para satisfazer meia dúzia de parasitas capitalistas às custas da exploração dos trabalhadores e de toda a população.
É necessário barrar esta ofensiva, e a única forma para isso é levantar uma ampla mobilização que unifique os bancários e todos trabalhadores contra o golpe e o imperialismo. Sem barrar o golpe, todos dos direitos conquistados pelos trabalhadores estão em risco. Por isso é preciso organizar a mobilização de toda a categoria bancária, junto com todos os trabalhadores, colocando nas ruas uma intensa mobilização para derrotar o golpe e a anulação de todas as suas medidas.