O golpe de Estado está colocando abaixo a economia nacional. Trata-se da imposição da política de terra arrasada do imperialismo contra toda a população brasileira. Exemplo claro disso é o que ocorre com a Livraria Cultura. Na última semana, a justiça determinou a penhora de um apartamento de um dos sócios da empresa, Sergio Herz, com o objetivo de saldar uma dívida no valor de R$2,7 milhões com o Banco Original.
A Livraria Cultura, desde o final do último ano, está em recuperação judicial devido a uma divida contraída com bancos e fornecedores, na casa dos R$ 285 milhões. A defesa de Sergio Herz argumenta, no entanto, que o sócio não pode ter seus bens penhorados para saldar a dívida da empresa, uma vez que esta encontra-se em situação de recuperação judicial. A justiça, no entanto, age de acordo com os interesses dos banqueiros, alegando que a proteção vale somente para empresa e não para seus sócios.
O caso em questão demonstra o desmonte das empresas nacionais provocado pelos grandes monopólios. A Livraria Cultura, por exemplo, tem dívidas com grandes empresas estrangeiras do ramo da computação como a Dell, empresa norte-americana, no valor de R$1,1 milhão, a Allied Tecnologia, também norte-americana, na casa de R$ 236 milhões e a Sony, multinacional japonesa, na casa de R$ 1,26 milhão.
Com a imposição da política imperialista após o golpe de Estado, há o desmonte das empresas nacionais, favorecendo que o mercado brasileiro fique livre para ser dominado pelas empresas estrangeiras, norte-americanas, européias, japonesas, uma verdadeira colonização da economia nacional pelos grandes monopólios.