Na última sexta-feira, 3 de abril, foi assassinado o ex-guerrilheiro das FARC (Força Armadas Revolucionárias da Colômbia), Carlos Alberto Castillo. Segundo o partido, Castillo foi morto por assassinos desconhecidos, em sua residência, localizada em Ataco, município do departamento de Tolima, na Colômbia. Ao todo, este é o sexto ex-combatente das FARC morto desde o começo da quarentena na Colômbia, decretada pelo governo, de 24 de março a 13 de abril.
O assassinato revela o caráter ditatorial e assassino do governo do presidente Iván Duque, do Centro Democrático, partido de direita fundado em 2013. Os fascistas colombianos continuam assassinando líderes da oposição, mesmo durante a crise do novo coronavírus.
A Força Alternativa Revolucionária do Comum já denunciou o assassinato de 194 ex-guerrilheiros desde 2016, incluindo o de Carlos Alberto Castillo. A denúncia foi feita pelo senador da FARC Julián Gallo, conhecido como Carlos Antônio Lozada. Mesmo depois do acordo de paz firmado em 2016 entre o governo colombiano e o grupo guerrilheiro formado em 1964, os assassinatos às lideranças continuam acontecendo com frequência. Desde o começo de 2020, foram assassinadas 22 lideranças.
É preciso mobilização e luta contra os ataques aos representantes da oposição ao governo genocida, que tomou de assalto a Colômbia. Resistir à política de extermínio de lideranças por pura vingança, afinal, desde 2016, o grupo armado parou de atuar no país.