Os prepostos do governo golpista, Bolsonaro, à frente do Banco do Brasil assinaram, no último dia 23, um memorando de entendimento com o grupo UBS, empresa de serviços financeiros com sede em Zurique, na Suíça, uma das principais empresas globais de gestão de fortunas, banco de investimento, gestão e corretagem de valores mobiliários e investimentos, com o Banco do Brasil, que visa entregar, de mão beijada, através de uma “parceria”, uma das principais subsidiárias, na área de investimento e corretagem de valores mobiliários do BB.
Conforme comunicado do BB ao mercado, “a intenção é que UBS seja acionista majoritário da parceria que seria estabelecida pela contribuição de ativos do BB e do UBS, de acordo com os termos e condições definitivos… ainda em discussão”.
Tal medida vai ao encontro da política do transloucado ministro da economia, Paulo Guedes, quando nomeou Rubem Novaes para presidir o BB. Novaes é amigo de Guedes desde os tempos em que estudaram na Universidade de Chicago, EUA, (comumente chamados de Chicagoboys) e, quando da sua indicação para exercer a presidência do BB, Novaes defendeu a privatização do banco e que promoveria a venda do braço de investimento da instituição, conforme diretriz definida por Guedes e seguida por Novaes, ambos pupilos de Milton Friedman, da Escola de Chicago, que tem como principal doutrina a que defende que o único papel aceitável para o Estado é de implementar contratos e proteger fronteiras. Tudo o mais deve ser entregue por completo ao mercado, ou seja, educação, saúde, transporte, correios, parques nacionais, bancos etc., tudo que pode dar lucro tem entregar para os parasitas capitalistas que vivem às custas, única e exclusivamente, da exploração dos trabalhadores e de toda a população.
Os bancos públicos e as empresas estatais são alvos deste governo, fruto de um golpe de estado, financiado pelos grandes capitalistas e banqueiros nacionais e internacionais, pelo imperialismo, principalmente o norte-americano, que tem como fundamento expropriar todos os trabalhadores e a população para beneficiar um bando de parasitas em crise.
A única forma eficaz de luta neste momento para impedir os ataques e a entrega das estatais ao capital estrangeiro, ao imperialismo, é a intensificação das mobilizações e organizar uma greve geral das empresas estatais. A vitória dos trabalhadores somente poderá estar assegurada se houver uma radicalização da luta através das ocupações das empresas, como medida de força para impedir as privatizações das estatais e barrar a entrega do patrimônio do povo brasileiro pelo governo golpista, capacho dos banqueiros e capitalistas estrangeiros.