A Federação Agrícola do Estado de São Paulo (FAESP), uma espécie de FIESP de latifundiários, quer colocar em pauta para os candidatos ao governo de São Paulo sugestões para “combater a criminalidade” no campo.
Apesar de todo papo-furado reacionário que já estamos acostumados a ouvir por parte da direita, de que os níveis de crime são alarmantes etc. o que de fato está colocado aqui é uma maior repressão aos movimentos de luta pela terra, como, por exemplo, o MST.
O “agronegócio”, bem conhecido no Brasil pelo uso indiscriminado do trabalho escravo e repressão violenta aos trabalhadores do campo, com exércitos privados de jagunços, busca aparelhar o Estado e a polícia para efetivamente destruir a mobilização dos camponeses e extinguir os assentamentos.
A pauta reacionária não é nem mesmo bem disfarçada pelos latifundiários, já que é colocado muito claramente por eles o “problema da invasão da propriedade privada”.
Esta é mais uma consequência nefasta do golpe e da perseguição a todos os setores populares e de esquerda, seja nas cidades, com a criminalização das ocupações e dos movimentos de luta por moradia, seja no campo.