Nesta quinta-feira (24), foi registrado a morte de dois negros nos Estados Unidos em um intervalo menor de três semanas na mesma cidade de Colombus (estado de Ohio). São quase uma centena de mortes desde o assassinato de George Floyd, que marcou uma intensificação dos protestos contra a violência policial nos EUA e contra o racismo.
O primeiro foi Casey Goodson Jr., jovem (23 anos) assassinado com vários tiros pelas costas por um xerife de Ohio. O segundo foi Andre Hill (47 anos), morto por policial enquanto mexia em seu celular. As mortes aumentaram a crise do regime e geraram novos protestos que devem ser direcionados a dissolução de todo aparato repressivo do estado e privado.
Casey foi morto dentro de casa em frente a sua avó e duas crianças, a vítima levava um lanche nas mãos para casa depois de ir ao dentista. Na falta de imagens, a polícia alegou que Casey estava armado e que não se estava em sua residência. Já a morte de Hill foi registrada na câmera do policial, a vítima caminhava lentamente em direção ao policial enquanto mexia no celular.
Os protestos contra violência policial e mortes dos negros se intensificaram nos últimos anos, o conflito de séculos repercutiu em todo planeta levando milhões de pessoas às ruas em diversos países com a morte de George Floyd. Esse foi um marco de um novo período que se abre com protestos radicalizados contra as instituições repressivas do estado e também com enfrentamentos armados de fascistas e antirracistas.
A crise que se abre no interior do regime é cada vez mais, o estado capitalista não é capaz de conter a violência institucional contra os negros. Não se trata de punir os policiais individualmente, a polícia existe para reprimir a população, principalmente, os mais pobres que são os negros. Por isso, é fundamental a extinção de todas elas.
Nenhuma reforma assim como nenhuma demagogia foi capaz de promover uma mudança profunda nas condições de existência do povo negro. Os negros continuam lutando contra a violência histórica que perdurou regimes sociais, bem como, contra a miséria e a fome. Os descendentes de escravos nunca foram emancipados, nunca foram libertados.
O crime de ser negros nos EUA, condena milhões à fome e a morte por falta de acesso saúde ou violência do estado, além das incontáveis mortes por policiais, os negros são maioria nas prisões norte-americanas com população de quase 2,5 milhões de pessoas. Os números são absurdos por si mas revelam o massacre contra os negros que representam menos de 20% de toda população.
A situação de crise tem levado o país à beira de uma guerra civil, de um lado as instituições repressivas e os grupos fascista, de outro os negros e grupos antirracistas. A população negra precisa se organizar de maneira independente da burguesia e da demagogia da esquerda nos EUA, de forma a combater a direita e extrema-direita do país, é necessário um partido operário e revolucionário para vitória dos negros e de todo operariado norte-americano.