O Diário Oficial da União publicou 50 páginas de “torneira aberta”: são quase 500 emendas de parlamentares que estão recebendo um “incentivo” para que os deputados amoleçam seus corações em favor do que Bolsonaro prometeu a seus patrocinadores de campanha e agora precisa cumprir: destruir a Previdência social e prejudicar todos os brasileiros que dependem dela para suas aposentadorias.
O governo abriu as portas para liberação de verbas aos parlamentares em busca de votos para a aprovação da proposta de reforma da Previdência (PEC 6/2019) que o presidente ilegítimo Bolsonaro depende para se manter no poder. Setores da elite já perceberam, faz tempo, que ele é um paspalhão, mas se ele cumprir o serviço, tudo bem.
A compra de votos está funcionando a todo vapor. O dinheiro do povo usado descaradamente para tirar direitos do povo. Essa é a ‘nova política’ de Jair Bolsonaro.
De acordo com a ONG Contas Abertas, só nos primeiros cinco dias de julho, foram empenhados R$ 2,551 bilhões. O valor é maior do que o observado de janeiro a junho deste ano: R$ 1,77 bilhão.
Segundo a Folha de S. Paulo, Bolsonaro já liberou aproximadamente R$ 1 bilhão em emendas parlamentares vinculadas à área da saúde. O valor foi distribuído em 34 portarias publicadas em edição extra do Diário Oficial da União.
A liberação dos recursos havia sido prometida pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Ele havia prometido R$ 10 milhões para cada deputado pela aprovação da proposta na Comissão Especial e mais R$ 10 milhões pela aprovação em plenário. Além disso, outros R$ 20 milhões seriam entregues ao final do ano.
Além do reforço financeiro, outra medida da “nova política” de Bolsonaro será a liberação de três ministros que deixarão temporariamente seus cargos no Poder Executivo para reassumirem seus mandatos na Câmara e facilitar a aprovação do projeto que dificulta o acesso dos cidadãos ao benefício da aposentadoria.
Voltarão ao Legislativo os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-RS) e do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG).