No ano de 2018, mais de 800 mil acidentes de trabalho foram registrados no Brasil.
O número aumentou em 100 mil, em relação ao ano anterior, conforme o mesmo órgão de pesquisa, o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho (ODSST) do Ministério Público do Trabalho (MPT).
A situação caótica dentro das fábricas, principalmente no ramo frigorífico é de verdadeira calamidade pública.
Para manter seus vultosos lucros, os patrões não se furtam a destruir seus funcionários, tanto é desta forma que as situações aberrantes, para eles são coisas muito normais.
Nos frigoríficos, não existem proteção no conjunto de maquinários e equipamentos, trabalhadores são submetidos a trabalhos extenuantes, com horários muito acima do permitido pela lei, chegando a 14, 15, 16 horas ou mais, conforme reza a Consolidação das Leis do trabalho (CLT) de oito horas por dia.
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), ou não existem, ou são inadequados.
Os casos de acidentes são corriqueiros, diários, chega a ter casos de ocorrências a cada hora, no entanto, pouco se tem registro desses fatos ocorridos.
Há nos frigoríficos uma verdadeira carnificina, onde muitos são mortos, tanto pela falta de manutenção, proteção, bem como vazamento de gás refrigerante, como o amônia.
O governo golpista do Bolsonaro, no poder através de uma fraude eleitoral escancarada, para dar mais poder aos patrões, está facilitando ainda mais as coisas para os patrões, através da ministra da Agricultura, Tereza Cristina (foto), que vem eliminando a fiscalização das empresas do setor.
Não há outra forma para mudar a situação da classe trabalhadora que não seja por meio uma luta ampla mobilização, para o que é fundamental a formação de comitês de luta contra o golpe em todas as fábricas e bairros unindo a população explorada para barrar os ataques e colocar para fora Bolsonaro e todos os golpistas.