Diante da atual crise que o capitalismo atravessa em todos os países do mundo, uma recente pesquisa, realizada pela empresa Hinterlaces, demonstra a evolução da consciência do povo, de um país atrasado, diante dos ataques do imperialismo. O rechaço à normalização das relações bilaterais entre os governo da Venezuela e dos Estados Unidos pelos venezuelanos é muito grande e atinge 82% da população. O povo do país sul-americano diz não ao diálogo com o maior país imperialista do mundo.
A crise econômica mundial, que eclodiu em 2008 e que foi intensificada pela pandemia da COVID-19, resultou em ataques cada vez mais abertos contra o governo chavista, sob o comando de Nicolás Maduro, na Venezuela. O país sul-americano é vítima de um bloqueio criminoso pelo imperialismo que não permite a entrada de alimentos, remédios e insumos básicos para a populacão, inclusive para o combate ao coronavírus.
Além disso, a Venezuela teve sequestrado ativos, como valores em contas bancárias e patrimônios da estatal petroleira PDVSA pelos Estados Unidos. O país latino-americano ainda teve 1 bilhão de dólares em ouro roubado pelo Banco da Inglaterra. A Venezuela também sofreu diversas tentativas de invasão por mercenários financiados pelos Estados Unidos que, em conjunto com governo fascista da Colômbia, buscavam desestabilizar o governo de Maduro, porém terminaram neutralizadas pela milícias populares e pelas forças armadas chavistas.
Segundo a pesquisa, que reflete uma parte da consciência do povo diante desta situação, 83% da população se posiciona contra a aplicação de sanções econômicas por parte dos Estados Unidos, que tem como objetivo derrubar o governo chavista. Já 81% dos consultados acreditam que as sanções afetam diretamente a população e não apenas as autoridades governamentais.
O forte sentimento anti-imperialista que há nas massas venezuelanas – mostrado em alguma medida na pesquisa, pois possivelmente o repúdio ao imperialismo seja maior do que 83% – aponta que o chavismo deve parar de buscar conciliação política com o imperialismo agressor e avançar no processo revolucionário com a expropriação das empresas capitalistas, ligadas ao próprio imperialismo. Bem como decretar a prisão de seus agentes, que atuam no território venezuelano, inclusive do autoproclamado presidente Juan Guaidó, reconhecido por mais de 50 países que inclui a União Europeia e os Estados Unidos. O grande capital nacional, que colabora com a desestabilização política, deve ser igualmente expropriado.
É preciso organizar uma ampla campanha de agitação, propaganda e mobilização em todos os países da América Latina em defesa da soberania do povo venezuelano, no sentido de impedir a ingerência imperialista não somente neste país sul-americano, mas em todos os demais países do continente. Abaixo a intervenção imperialista na Venezuela! Fora imperialismo da América Latina!