Concomitante ao avanço do fascismo no país, aumenta o número de ataques a classe trabalhadora, em especial as mulheres. Apenas neste primeiro mês do ano já foram registrados mais de 107 casos de feminicídio, em 94 cidades de 21 estados diferentes.
Os dados possuem embasamento em um estudo efetuado pelo professor e doutor em Direito Internacional pela USP, Jefferson Nascimento. Foram pelo menos 39 tentativas e 68 assassinatos. Ainda foi possível constatar o período a qual há maior ocorrência desse crime (55%): entre sexta e domingo.
A estimativa, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que, a cada 100 mil mulheres, 4,8 são assassinadas. Não obstante o Brasil representa a quinta maior taxa de assassinato de mulheres do mundo. A tendência é que, com o aprofundamento do golpe e o avanço do fascismo, esses números cresçam, conforme pode ser percebido nos altos índices de mortalidade, em apenas 1 mês de governo de Jair Bolsonaro.
Dentre os acusados de assassinato -a mulheres-, boa parte são familiares da vítima (50,3%) ou parceiros -ex ou atual- (33,2%).
Os índices de assassinatos são ainda maiores em mulheres negras. De 2003 a 2013, segundo o Mapa da Violência, houve um aumento de 54% nos casos, passando de 1.864 para 2.875.