Desde o dia 29 de setembro com a apresentação inicial do curso O Programa Para a Revolução Socialista nos Dias de Hoje, até esse último domingo (13), já foram realizados mais de 40 cursos em cidades diferentes de todas as regiões do País, reunindo algo em torno de 500 ativistas.
O curso é a apresentação e discussão de capítulos do Programa de Transição, escrito pelo revolucionário russo Leon Trotski em 1938, o documento foi elaborado para o Congresso de fundação da Quarta Internacional – Partido Mundial da Revolução Socialista.
A construção da IV Internacional foi a resposta dos revolucionários à absoluta falência da Terceira Internacional que sucumbiu diante da ascensão da burocracia stalinista, que, com a uma política de aberta traição ao movimento revolucionário abriu caminho para a ascensão do fascismo na Europa e à segunda guerra mundial.
O Programa de Transição tem uma vigência nos dias de hoje. Primeiro, porque estamos no mesmo período histórico de profunda crise do capitalista. Como diz Trotski, “As premissas objetivas da revolução proletária não apenas ‘amadureceram’, como já começam a ficar um tanto podres. Sem uma revolução socialista, e isso no próximo período histórico, uma catástrofe ameaça a cultura da humanidade, como um todo”. Depois, porque o elemento central que impede o avanço da revolução é que “A crise histórica da humanidade reduz-se à crise da direção revolucionária”.
Os sucessivos golpes de Estado por todo o mundo e em particular na América Latina são a expressão cabal de que do aprofundamento da crise econômica mundial e a tentativa dos países imperialistas em impor aos países atrasados uma política de rapina na expectativa de uma sobrevida para um sistema moribundo. Na contrapartida da ofensiva imperialista, vemos a esquerda em sua quase totalidade adaptada ou, quando muito, profundamente frouxa com relação a essa política.
Para os marxistas, os revolucionários, o Programa de Transição é um programa de ação política para as massas. Como está escrito no documento, “ é preciso ajudar as massas, no processo da sua luta cotidiana, a encontrar a ponte entre as suas reivindicações atuais e o programa socialista da revolução”.
O PCO entende que o estudo e a compreensão do Programa de Transição são essenciais na luta política que travamos hoje contra a extrema-direita, o fascismo e o golpe. No total, o curso está programado para ocorrer em mais de 300 cidades e ainda em cerca de 150 universidades por todo o País.
Procure o PCO para saber se vai haver curso em sua cidade. Caso não esteja programado, podemos organizar também em sua região.