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Repar na mira da privatização

Mais de 25 empresas tem interesse na privatização da REPAR no Paraná

Refinaria de Petróleo Estatal Paranaense, Repar, entra na esteira de privatização dos governos golpistas federal e estadual.

A refinaria paranaense Presidente Getúlio Vargas, a Repar, está localizada na região metropolitana de Curitiba (PR), na cidade de Araucária. Atualmente na mira das privatizações do governo golpista de Bolsonaro e do governador do PSD Ratinho Junior, a unidade de Araucária produz 208 mil barris por dia, aproximadamente 9% da capacidade de refino do Brasil. A empresa responde por 12% da produção de derivados de petróleo do país, como diesel, gasolina, GLP e querosene de aviação.

A Repar tem capacidade de processamento de 33 mil m³ de petróleo por dia. Seus produtos atendem principalmente os mercados do Paraná, Santa Catarina, sul de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. Atualmente é a maior industria em porte do sul do país, ocupa uma área de 10 milhões de metros quadrados. Desde de 2017 o sindicato dos petroleiros vem alertando a população Araucariana em relação aos ataques do governo golpista de Michel Temer contra a estatal, naquele ano o faturamento anual da Repar era de mais de US$ 4 bilhões brutos de acordo com os dados da epbr – Jornalismo e Política Energética .

Nesta terça-feira (17) em Curitiba o governador do estado Carlos Massa Ratinho Jr. teve um encontro com a diretoria da Petrobras para discutir o processo de venda da estatal. Para a reportagem da Gazeta da Povo a diretora de Refino e Gás da Petrobras, Anelise Lara revelou que a Repar ‘está sendo muito cobiçada no mercado’.

Meses antes da privatização mais de 25 empresas já demonstram interessadas em sua aquisição, segundo ela o valor dessa privatização está entre os maiores da historia da Petrobras. A maior venda de estatal do governo Bolsonaro até agora teria sido a transportadora Associada de Gás (TAG) vendida em abril de 2019 por US$ 8,5 bilhoes, já a Repar junto com outras sete unidades colocadas a venda espera-se que rendam cerca de US$ 20 bilhões.

Repar, refinaria Presidente Getúlio Vargas

Os outros ativos na esteira de privatização são, a Refap, a Refinaria Abreu e Lima (RNEST) em Pernambuco, a refinaria Landulpho Alves (RLAM) na Bahia, a Unidade de Industrialização de Xisto (SIX) em São Mateus do Sul no Paraná, a refinaria Gabriel Passos (Regap) em Minas Gerais, a Refinaria Isaac Sabbá (Reman) no amazonas e a Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR) no Ceará. Em 2017 a Refap, Repar, RLAM e RNEST juntas somavam um faturamento anual bruto de mais US$ 14 bilhões segundo a epbr.

O jornal o Estado de S. Paulo e a agência de noticias Reuters citou algumas das interessadas na refinaria Presidente Getúlio Vargas, elas são, Ultra (dos postos Ipiranga), Raizen (controladora da Shell), PetroChina e Sinopec (ambos chineses), Valero e CVR Energy (norte-americanos), Mubadala (Abu Dhabi) e Trafigura (Holanda).

A situação no município de Araucária é tensa pois a empresa é responsável por 80% da arrecadação da cidade e gera cerca de 700 empregos diretos. O que vem se apresentando pela diretoria da Petrobras seriam as famosas PDV’s programas de demissão voluntaria. Na reportagem do Paraná Portal a diretoria do Sindipetro está preocupado com a situação dos trabalhadores da empresa. “os postos de trabalho estão todos em cheque, ninguém sabe o que vai acontecer. Os trabalhadores estão inseguros se vão continuar trabalhando ou vão ser demitidos”

O diretor do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) Roni Anderson Barbosa durante sua fala em plenário na Assembleia Legislativa alertou para os impactos que a venda da estatal pode trazer aos paranaenses “no momento em que se vende essa refinaria trará problemas para a população. Um dos impactos é o aumento do combustível, se os preços já são altos hoje, podem se elevar muito mais”.

Seguindo os passos do governo federal que tem objetivo de entregar todas a empresas nacionais para setor privado, o governador do estado do paraná caminha junto entregando as empresas mais lucrativas do estado para o mercado de petróleo  internacional, em mais uma venda de uma importante refinaria da Transpetro (a subsidiária da Petrobras no setor de transporte, petróleo e gás).

Levando em consideração a importância da empresa não só para os paranaenses como para toda região sul do país, é necessário que os trabalhadores ocupem a refinaria contra a privatização pedir o fim dos governos golpistas e entreguista de Bolsonaro e Ratinho Jr.

A mobilização e organização do setor petroleiro nas ruas e na empresa é a única forma de manter o carácter estatal da maior refinaria da região sul do Brasil. As ocupações devem ocorrer também em todas as outras estatais brasileiras que correm risco de privatização para conter a sanha ultraliberal do ministro da economia.

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