Na última semana, a imprensa burguesa saiu para noticiar a volta das pericias presenciais nos Institutos Nacionais de Seguro Social (INSS) em todo Brasil. O Instituto havia anunciado o retorno as atividades no inicio da semana dia 14/09, com o retorno gradual do atendimento presencial nas agências, no entanto os peritos médicos não retornaram e alegaram falta de condições de segurança diante da pandemia. De acordo com os profissionais, faltam materiais básicos de higiene, EPI’s, lavatórios entre outros produtos e objetos de segurança para evitar a propagação do Covid-19.
Em meio ao embate entre a Associação Nacional de Médicos e Peritos (ANMP) e o governo federal, por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 18 de setembro o governo nomeou Filomena Maria Bastos Gomes para exercer o cargo de subsecretária da Perícia Médica Federal, substituindo Vanessa Justino que deixou o cargo interino. O Documento é assinado pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, que ameaçou os profissionais de corte de sálarios.
Segundo Bianco, o perito que estiver apto para ao trabalho que não voltar para o serviço sem justificativa terá o registro de falta não justificada. A ANMP afirmou através de nota que não reconhece as vistorias, ”a realidade evidenciadas pelas vistorias da semana passada mostraram que as agências da Previdência Social são, em linhas gerais, *verdadeiras bombas infectológicas * e a se manterem assim, serão polos difusores de COVID entre os segurados e nas comunidades onde estes moram.”
Somado a essa situação de falta de segurança nas Agências, temos também o caso de sucateamento do serviço publico em todo país. Segundo dados divulgados pelo G1, nesta sexta-feira (18) o INSS tem 1.568.050 de pedidos de benefícios aguardando análise, desses 50,4% (790.390) processos precisam de perícia médica presencial, os outros aguardam a entrega de algum tipo de documento para a conclusão do processo. Metade dos pedidos que aguardam perícia (393.614) precisa fazê-la por pedido de assistência à pessoa com deficiência. A outra metade que seria em torno de 47% são pedidos de auxilio doença. Os outros 3% são pedidos de aposentadoria, pedidos de adicional, isenção de imposto de renda e pensão por morte.
A falta de investimento, fim dos concursos para substituir funcionários aposentados, que morreram ou trocou de área, está causando uma fila enorme no INSS e deixando mais de 1,5 pessoas prejudicadas que buscam apenas seus direitos. Prevendo a situação de caos no sistema previdenciário o governo fraudulento de Bolsonaro buscou aparelhar o órgão, e publicou um edital para preencher 7.440 vagas temporárias no instituto, para serem supridas por servidores civis aposentados e militares da reserva, e ignorando pessoas que tem experiência na área, mostrando o total descaso do governo ilegítimo com o órgão.
São vários os relatos de pessoas acionaram o INSS por motivos diversos, durante a pandemia e esperam alguma resposta até os dias de hoje e que continuam sem receber e sem renda nenhuma. A politica da direita golpista que tomou de assalto o poder no país é literalmente destruir o sistema seguro social publico em todo país. O governo criminoso de Bolsonaro não se importa com as necessidades e direitos básicos da população mais pobre e vulnerável, e o desmonte do INSS é demonstração clara de que o atual governo brasileiro atua contra o povo a favor de banqueiros e capitalistas.