Na última sexta-feira (25), o Brasil ultrapassou a marca de 140 mil mortos por COVID-19. O país se aproxima agora de quase 4,7 milhões de ocorrências e conta com 140.709 mortes provocadas pela pandemia, segundo informações do chamado “consórcio de veículos de imprensa”, formado pelos principais órgãos da imprensa capitalista (O GLOBO, Extra, G1, Folha de S. Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo).
É importante destacar que, desde o início da pandemia, a tendência de manipulação dos dados, de ocultação dos números, de subnotificação dos casos, foi uma constante da situação política, levada adiante pela direita golpista e sua imprensa venal. Ainda assim, a pressão da realidade é bem mais poderosa do que os esforços de manipulação, e os números da pandemia não param de crescer diariamente, numa escalada massiva e ascendente.
Não se pode perder de vista que o aumento incessante do número de mortos e infectados não é fruto de uma catástrofe natural que se abateu sobre o país, mas é o resultado da política da direita golpista que vem sendo aplicada a ferro e fogo desde a queda do governo Dilma Rousseff (PT) e que alcançou com o governo fascista de Bolsonaro um caráter ainda mais agressivo e criminoso.
De início, a direita golpista respondeu ao ascenso da pandemia com a fajuta política do “fique em casa”, uma farsa completa, tanto porque só se aplicava a uma fração reduzida da classe média do país, deixando de fora a massacrante maioria da população, quanto porque era encarada como medida única e isolada, não estando acompanhada de nenhum outro esforço positivo para enfrentar a crise de saúde pública.
O “fique em casa”, porém, foi logo substituído pelo seu oposto ‒ a reabertura total da economia. A aparente contradição entre o governo Bolsonaro e os governos estaduais dirigidos pela direita tradicional, quanto à questão, prontamente virou fumaça, e os governos federal, estadual e municipal, seguindo as diretrizes dos bancos e grandes capitalistas, passaram a organizar a retomada das atividades econômicas.
Tudo isso se deu em meio a uma ausência total de investimentos na saúde pública. Um programa mínimo de saúde para atender às necessidades da população não foi sequer ensaiado pela direita no poder. Ao invés de colocarem em prática uma efetiva operação contra o coronavírus, com testes em massa, estatização dos hospitais, aumento imediato das verbas para a saúde, aumento do número de instalações e equipamentos, produção e distribuição de álcool e máscaras, construção de abrigos para os moradores de rua etc., a única preocupação dos governos controlados pela direita foi garantir a saúde dos negócios da burguesia.
Enquanto a saúde não recebeu 1/4 do prometido pelo fascista Jair Bolsonaro, os bancos ganharam R$ 1,2 trilhão. É preciso dizer com todas as lestras que toda a direita – desde a “civilizada” até o bolsonarismo – é responsável por essas milhares de mortes e essa situação de calamidade. A completa falta de política para a população pobre e explorada está lotando os cemitérios, ao passo que diversos setores da burguesia estão lucrando com tudo isso, como é o caso dos bancos.
Hoje, não resta dúvida que para combater o coronavírus é preciso derrubar o governo fascista de Jair Bolsonaro, junto com todos os golpistas.