A imprensa burguesa apresentou novos números do desemprego no País. Segundo matéria da Folha de S. Paulo, o número de desempregados no País bateu recorde e está em 13,1 milhões. Em relação ao mesmo período do anos passado, o aumento foi de mais de meio milhão de pessoas. Em comparação com janeiro e abril de 2020 também houve aumento. Isso tudo, é claro, levando-se em conta os números oficiais do IBGE que podemos facilmente colocar em dúvida.
Chama a atenção também, no caso do índice de desemprego, que a retomada das atividades econômicas da pandemia também não surtiu nenhum um mínimo efeito positivo. Embora o reflexo desse retorno das atividades possa ser sentido nos próximos meses, tudo indica que não deve haver nenhuma melhora significativa, se houver. Isso mostra que estamos diante de uma crise geral, aprofundada pela política dos golpistas, em particular de Bolsonaro, cujo resultaado é o esmagamento das condições de vida dos trabahadores. A pandemia foi apenas um elemento para mascarar a verdadeira causa da crise.
Vale lembrar que a pandemia foi usada como pretexto para que os patrões, por meio do governo, colocassem em marcha uma política de demissões em massa, rebaixamento salarial e suspensão do contrato de trabalho. Esses dois últimos, que é uma medida ilegal contra os trabalhadores, foi aprovada pelo governo tendo o desemprego como chantagem. Fica muito claro que o rebaixamento salarial, que já atingiu cerca de 7 milhões de trabalhadores, não impediu as demissões e o aumento do desemprego.
O tamanho da crise fica ainda mais claro quando apresentamos outro dado divulgado pela burguesia. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que somente no mês de agosto cerca de 4,2 milhões de domicílios brasileiros tiveram como única renda o auxílio emergencial de 600 reais, que agora foi cortado pela metade por Bolsonaro terá o número de beneficiários reduzido pela metade.
São milhões de trabalhadores que estão sendo jogados na miséria pelo governo golpista, que continua aprofundando medidas que vão piorar cada vez mais essa situação. Inclusive, no que diz respeito a esses ataques, toda a burguesia e a direita golpista estão unificados com Bolsonaro para arrancar a pele do trabalhador.
Contra essa situação calamitosa, é preciso um programa que coloque em xeque todo o regime político golpista. É preciso derrubar Bolsonaro, o que passe por um plano de luta e reivindicações dos trabalhadores e de todo o povo.
Ocupar as empresas que estão demitindo, exigindo a diminuição da jornada sem diminuição salarial. Exigir a estatização das empresas, caso os patrões aleguem não ter condições de sustentar a empresa. Por um salário mínimo vital e seguro desemprego para todos os trabalhadores desempregados no valor de seu salário.
Nenhuma medida parcial será capaz de resolver o problema. É preciso um plano de lutas unificados entre todas as categorias, unindo empregados e desempregados numa mobilização nacional contra o confisco que os golpistas estão realizando contra a população brasileira.