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Golpe contra os trabalhadores

Mais de 1,1 milhão de trabalhadores na fila do INSS

Para a direita, quanto mais sucateado estiver o INSS, melhor. Assim não passa nenhum pedido, e o coitado do trabalhador doente ou por aposentar, que viver essa tragédia

A já famosa fila do INSS, este ano já conta com 1,17 milhão de trabalhadores e trabalhadoras, que aguardam, ansiosamente, a análise do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)  par aos seus pedidos de concessão de benefícios, como aposentadoria, auxílio-doença, pensões e Benefício de Prestação Continuada (BPC). A demora penaliza cidadãos que dependem da aprovação do instituto para conseguir a renda a que têm direito para sobreviver.

Como um dos fatores do aumento da fila, já no ano de 2019, está a aprovação da reforma (destruição) da Previdência, que contribuiu para um crescimento expressivo no número de pessoas solicitando a aposentadoria, com receio de terem maior dificuldade de se aposentarem com as novas regras, que, articuladas por um Congresso usurpador dos direitos dos trabalhadores, foram enormemente prejudiciais ao trabalhador, muito atingido pelo governo golpista de Temer, e que introduziu um forte regime político e econômico neoliberal, com o seu Programa a Ponte para o Futuro.

No início de 2020, a fila virtual chegou a ter cerca de dois milhões de pedidos. Entretanto, com o coronavírus, a fila foi reduzida durante o isolamento social, mas o problema certamente não foi resolvido.

Pedrinho Totti, presidente do Sindicato dos Servidores no Seguro Social e Previdência Social no Estado De São Paulo (SINNSP)  deu seu depoimento falando do problema da fila, e de como tudo isso repercute negativamente, não só contra a saúde do trabalhador requerente, mas também na saúde do servidor do INSS, antes e agora, nesses tempos de coronavírus, vejamos: 

 “Há uma série de fatores que indicam que a fila pode voltar a acontecer. Com a pandemia do coronavírus, as agências estão fechadas e 90% dos servidores estão trabalhando em casa, se dedicando somente isso, sem atendimento ao público. Isso facilitou o andamento das análises”, diz o dirigente, ressaltando que a pandemia também reduziu a demanda habitual de entrada de requerimentos e que o trabalho home-office rende mais porque, em casa, os servidores têm melhores condições de trabalho do que nas agências do INSS.

Totti também afirmou, que, com a atual situação do INSS, que está sucateado, sem trabalhadores e condições precárias de atendimento, a tendência é que o sistema volte a ficar saturado. “Com o Temer e agora com o Bolsonaro, é impressionante a deterioração do INSS”, diz se referindo ao desmonte promovido no serviço público pelo golpista Michel Temer e piorado pelo governo de Jair Bolsonaro.

Antes da pandemia, lembra ele, muitos servidores estavam sendo afastados por esgotamento emocional e jornadas excessivas de trabalho. “Stress e depressão eram comuns”.

“Diante das tragédias cotidianas, os servidores acabam absorvendo ou vivendo o problema do segurado e ao não conseguir resolver, acaba sofrendo também. A carga emocional é muito forte”.

O afastamento de servidores contribui para a diminuição de profissionais especializados para o atendimento. O presidente do SINSSP acredita que, “se não houver contratação de mais servidores efetivos, a sobrecarga vai ser ainda maior e as filas nunca vão terminar”.

Mesmo com a tecnologia, o que vem nos auxiliar na administração do problema do coronavírus, está mais do que claro que, por detrás dela, está o trabalhador controlando tudo e tendo que produzir as condições que leve a usufruir de bens e serviços. Não fosse o capitalismo querer sugar todo o sangue dos trabalhadores em troca de um excedente por eles expropriado do trabalhador, as condições seriam bem melhores, sequer estaríamos falando em fila para receber benefícios como sinônimo de tortura e maus tratos, não só para quem pleiteia, mas também pelos trabalhadores que movimentam o sistema.

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