A Câmara de deputados que acaba de ser eleita no maior processo de fraude da historia, expõe – uma vez mais – a marca indelével que caracteriza o Estado e a sociedade capitalistas brasileira, ou seja, a opressão do povo negro. Dos 513 deputados eleitos nestas eleições, que entrarão para a história como uma das maiores fraudes eleitorais já vista, apenas 125 deputados se declaram negros (somando pretos e pardos), menos de ¼. Os números tornam-se ainda mais impactantes quando lembramos que segundo o IBGE a população brasileira é constituída de 52% de negros.
Mesmo apresentando um pequeno aumento no número de parlamentares negros em relação a Câmara eleita em 2014, da ordem de 5%, quando se elegeram 106 parlamentares negros, a próxima Legislativa continua não sendo representativa da diversidade racial brasileira. Sem considerarmos a ideologia dos representantes, que em sua maioria são de direita, negam a existência até mesmo do racismo e não representam os interesses do povo negro, é notória a sub-representação.
Entre as mulheres negras, a situação é ainda mais grave. Das 442 candidatas a deputada federal que se declararam pretos, apenas 21 deles conseguiram se eleger.
O Senado não informou a constituição racial da casa, que possui 81 senadores, mas dos 32 senadores eleitos em 2018, 14 deles se declaram negros. Dos 35 candidatos declarados pretos, somente três se elegeram.
A sub-representação política política do negro, bem como a sua baixíssima participação nos postos de comando do Estado nacional, no Judiciário é ainda mais gritante já que o negro ocupa apenas 18% dos postos no “terceiro poder”, é o sintoma da opressão do povo negro pelo Estado nacional
É necessário lutar pelos direitos democráticos do povo negro contra Estado dos capitalistas para colocar em pé de igualdade negros e brancos.