Protagonistas da maior e mais popular festa brasileira, o Carnaval, a população negra está fora dos camarotes da Globo e tantos outros espalhados pelos carnavais privatizados pelo Brasil.
O Carnaval é festa tradicional do povo, e, em virtude disso, teve a atenção da burguesia, que ao longo dos anos foi privatizando a festa nos mais variados locais, especialmente nas capitais.
Um processo que envolve a venda de abadás e fantasias caríssimas, e assim vários blocos de carnaval e festivais foram clareando, embranquecendo, onde o negro só deve ocupar postos de trabalho, como os famosos cordeiros do carnaval baiano.
Não poderia ser diferente em uma emissora da burguesia que seus convidados sejam brancos, da burguesia, e que os negros mal figuram entre os trabalhadores dos camarotes, fazendo, assim, um carnaval privatizado e racista.
É o que acontece em alguns carnavais de rua, onde os cordeiros, especialmente na Bahia, são colocados para separar o povo dos que pagaram os abadás caríssimos, os brancos e poderosos, já o negro e o trabalhador ficam de fora dessa festa expropriada do povo.