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Aborto

Maioria das mulheres não tem acesso à telemedicina para o aborto

Durante crise do Coronavírus a solução da telemedicina para procedimentos abortivos limita acesso de mulheres sem meios para utilizar a internet

A situação de confinamento como forma de se conter o aumento exponencial nos casos de contágio por coronavírus limita a mobilidade da população que passa a ter dificuldades até mesmo no acesso de uma consulta médica convencional. A telemedicina tem sido uma solução para que a população possa se consultar com um médico caso necessite.

A telemedicina é uma modalidade de atendimento médico em que a consulta é feita de maneira remota com o uso de tecnologia da informação. Os médicos podem estabelecer diagnósticos, monitorar a saúde do paciente, prescrever receitas e emitir atestados que devem ser eletronicamente assinados para terem a devida validade.

O problema é que em países mais pobres como é o caso do Brasil e de outros da América Latina a maior parte da população trabalhadora empobrecida não possuem acesso suficiente para usar as novas tecnologias. Não têm computadores e nem internet, que são produtos caros e o poder público não os disponibiliza para a população carente.

Se em tempos de relativa normalidade as parcelas mais vulneráveis da população são aquelas que mais suportam as mazelas do sistema capitalista, muito mais ainda as sofrem em momentos de crise econômica e sanitária como a que estamos vivendo atualmente.

Nesse sentido, as mulheres estão vendo seus direitos duramente conquistados através de séculos de luta contra a opressão sendo ainda mais atacados durante a crise do coronavírus e o período de isolamento social. A saúde sexual e reprodutiva das mulheres não está sendo devidamente atendida pelos sistemas de saúde em todo o mundo e procedimentos abortivos estão sendo impedidos de serem realizados pelos mais variados motivos. A própria Organização Mundial de Saúde já emitiu alerta nesse sentido e passou a considerar procedimentos dessa natureza como essenciais durante a pandemia.

Na Colômbia, onde o aborto é legalizado, as mulheres também estão com acesso limitado aos procedimentos abortivos, a solução que tem sido encontrada é que as consultas passem a ser feitas aos moldes da telemedicina, mas mais uma vez esbarra-se nas limitações de acesso das mulheres mais pobres que se verão obrigadas a abrir mão de seus direitos e seguir com gravidezes indesejadas.

A telemedicina talvez pudesse ser uma boa solução, se não houvesse um empecilho básico: o acesso da esmagadora maioria das mulheres do planeta terra à tecnologia, aos meios eletrônicos, à internet, à computação, ou mesmo à rede elétrica. Apenas uma parcela restrita das mulheres, geralmente de classe média, teria esse privilégio. A crise escancara o nível baixíssimo de direitos das mulheres, em sua maioria.

É dever do Estado prover todos os cuidados com a saúde da mulher, garantindo o direito elementar ao aborto seguro com clínicas públicas e todo o acompanhamento – em casos como o da pandemia, o Estado deveria garantir que uma equipe especializada visitasse as mulheres que estão fazendo o tratamento abortivo em suas casas, com todos os cuidados de higiene, para a auxiliarem. Além disso, isso passa pela própria transformação econômica da sociedade: somente a abolição do capitalismo fará com que acabe a desigualdade social que impede a esmagadora maioria das mulheres de acessarem a internet, as comunicações, a eletricidade.

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