A violência contra as mulheres, em especial as negras, já é característica do sistema capitalista. Elas, que se encontram em condição de escravização social, são forçadas a cuidar da casa e dos filhos, possuindo dupla jornada de trabalho.
Na questão da maternidade, o tratamento truculento nos partos ainda é visível em diversas regiões do país. São várias as agressões sofridas pelas mulheres, desde violência física e psicologica, até a verbal. Atualmente ainda há gestantes impedidas de estar ao lado de um acompanhante no nascimento do bebê. São também forçadas a procedimentos de cesariana, mesmo contra a prpópria vontade. Além disso, a anestesia, disponível no SUS, que evita maiores dores na cirurgia, nem sempre é oferecida.
Em uma pesquisa, denominada “Nascer no Brasil: inquérito nacional sobre o parto e o nascimento”, há um levantamento de que as mulheres negras são as maiores vítimas de violência neste momento. Segundo ela “para cada 100 mil nascidos vivos no Rio de Janeiro, de 2010 até 2017, 71 mulheres brancas morreram, enquanto, entre as negras, o número foi de 188.
Com o aprofundamento do golpe, a tendência é que a violência contra a mulher se aprofunde, ainda mais com a privatização da saúde, proposta pelo golpista Jair Bolsonaro. Neste sentido é fundamental a mobilização da classe trabalhadora, em especial as mulheres, para derrota total da direita, que massacra seus direitos.