Por Izadora Dias
Domingo passado, dia 10, foi dia das mães, claro que a data não passa de uma demagogia capitalista para vender produtos para casa, reforçar o trabalho não remunerado das donas de casa e uma propaganda reacionária do papel das mulheres na sociedade.
Mas mesmo sendo o dia das mães, uma data que muitas pessoas se dedicam aos encontros familiares, na reunião do Conselho Popular de Vargem Grande, atividade do Comitê de Luta qual eu faço parte todos os domingos, não pude deixar de notar que a maioria dos moradores presentes nesta reunião, era de mães, evidenciando qual é a situação vulnerável e crítica das mulheres e crianças durante a pandemia e a crise econômica.
As moradoras levantam quase que totalmente reivindicações relacionadas aos seus filhos, a falta da distribuição de leite, as escolas fechadas, a falta de médicos para as crianças e claro, a preocupação de que seus filhos passem fome. Não é à toa que, cansadas de verem seus filhos morrendo de fome e nas guerras imperialistas, as mulheres trabalhadoras iniciaram os levantes da Revolução Russa. São elas que sentem na pele as mazelas do capitalismo.
A preocupação das mulheres com os filhos evidencia também o quanto a mulher é ligada às tarefas do lar, à criação das crianças e o total abandono do Estado em questões fundamentais para ambos. Já que seria o Estado o obrigado a socializar os cuidados das crianças, pois a criação delas é uma obrigação de toda a sociedade, não apenas das mulheres.
Por isso, a luta por uma sociedade socialista deve ser o objetivo das mulheres, para que haja creches e escolas de qualidade para a crianças e adolescentes, lavanderias e restaurantes comunitários e também a escolha plena de ser mãe, quando o aborto for acessível e legal em todas as situações para todas.
Só assim as mulheres poderão deixar de ser escravas do lar e exercer a função social de mãe, livre das amarras exploradoras e reacionária do capitalismo.
Viva a luta revolucionária das mães trabalhadoras!