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Em defesa dos bancos

Mães dondocas querem abertura rápida das escolas

A burguesia quer promover o genocídio da população pobre através de um movimento artificial da "patricinhas e mauricinhos" para favorecer o lucro de banqueiros

Um grupo de mães dondocas nas redes sociais, que fazem parte do movimento Escola Aberta, estão pedindo para voltar às aulas presenciais o mais rapidamente possível. O movimento surgiu de um grupo no WhatsApp de pais da escola particular Saint Paul’s School, uma das mais caras do país.

Naturalmente, não se trata de um movimento popular; na Saint Paul’s School, a matrícula permanente é de R$ 29.300 e as mensalidades variam entre R$ 6.900 (Infantil, Fundamental I e II) a R$ 8.700 (Ensino Médio), segundo artigo da revista Forbes, de novembro de 2020. Enquanto isso, o salário mínimo atual não passa de R$ 1,1 mil.

Assim, o movimento pela reabertura das escolas surgiu das famílias das classes dominantes, por motivos óbvios, uma vez que a burguesia brasileira tem interesses materiais na reabertura das escolas.

O relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), do dia 8 de setembro (2020), apontou que o fechamento das escolas pode levar a uma perda de 1,5% do PIB na economia global. Desta forma, a volta às aulas presenciais é uma das principais exigências dos banqueiros, que se importam apenas com seus interesses mesquinhos e não com a saúde da população em geral.

A burguesia, cujos filhos estudam na St.Paul’s, pressionam pela reabertura das escolas, porque sabem que isso irá gerar brecha para a abertura de todas as escolas. A diferença é que, enquanto nas escolas particulares (principalmente as mais caras) existem recursos para garantir um mínimo de segurança para os alunos, nas escolas públicas, onde estudam os filhos da maioria da população brasileira, faltam os elementos mais básicos para ter o mínimo de condições sanitárias, como água, sabão, etc.

Desta forma, a burguesia impulsionou um movimento de mães dondocas pela reabertura das escolas, pouco se importando com o genocídio da população brasileira. Nos países da Europa, a reabertura das escolas, em meados de 2020, foi um dos principais fatores para o surgimento de novas ondas da Covid-19. Mas, enquanto o vírus só atinge os pobres, isso não interessa para as classes dominantes, que pensam apenas em mesquinharias.

Os papagaios dos banqueiros e empresários da imprensa golpista, nesse sentido, têm promovido não só o movimento das dondocas, como também feito uma intensa campanha pela reabertura, que foi definida para o dia 8 de fevereiro pelo Governo de São Paulo (após uma série de crises judiciais). 

Uma entrevista publicada no direitista jornal o Estado de S. Paulo promove os argumentos de uma das dondocas, que argumenta a favor da política genocida, maquiando-a com “ciência”, contra os prejuízos das crianças e adolescentes.

“Existem diversos prejuízos com a falta de aulas presenciais. Na primeira infância, de 0 a 6 anos, temos prejuízo de natureza psicomotora. Essa é uma idade em que não recuperamos o tempo perdido em sala de aula. Tem ainda a parte de alimentação balanceada, que é feita nas creches, e faz com que o cérebro da criança cresça e se desenvolva. Quando se perde esse timing, o prejuízo é irrecuperável. Sem contar a perda de socialização. A criança precisa ter rotina. Já de 7 a 12 anos, temos outros tipos de problema. A grande herança da pandemia será a saúde mental dessa geração. A conta vai chegar e chegar alta. Aumentaram os números de tentativas de suicídio, transtornos alimentares, ansiedade. No caso de crianças de classes C, D e E, tem problemas de desnutrição e fome. Crianças que conseguiram ter o homeschooling têm problemas de obesidade, elas estão mais estressadas, atordoadas pelo estímulo da tela. E, por fim, abusos sexuais, violência doméstica, acidentes domésticos porque muitas ficam sozinhas em casa”, argumentou a entrevistada.

Todos esses argumentos “bonitos” dos setores “bem pensantes” e “científicos”, não valem nada quando lembramos do genocídio contra a população pobre brasileira, pois a covid-19 já matou mais de 220 mil pessoas no Brasil (a maioria pobres e negros).

Por isso, é preciso defender a mobilização dos sindicatos e entidades populares a favor de um programa de luta contra o genocídio nas escolas e em defesa dos interesses dos alunos e pais das escolas públicas, com distribuição de cestas básicas para as famílias, pagamento do auxílio emergencial para todos, dentre uma série de outras reivindicações levantadas pelo coletivo Educadores em Luta e Aliança da Juventude Revolucionária (AJR).

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