Na Venezuela, o coronavírus ganhou, nesta quinta-feira, uma declaração de emergência preventiva pelo Presidente Nicolás Maduro, quando suspendeu os voos, à começar pelo domingo, provenientes da Europa, Colômbia, Panamá durante 30 dias, e restringidas as viagens de pessoas provenientes do Irã, Japão e Coreia do Sul.
Maduro, numa conferência de imprensa no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, declarou o seguinte: “Decidi suspender, por um mês, todos os voos provenientes da Europa e da Colômbia, para nos juntarmos aos processos preventivos a nível internacional”.
Também chamou a atenção para a orientação da OMS dizendo que: “Temos adotado todas as medidas preventivas para detectar a chegada do vírus, mas sendo uma pandemia que tem atacado as potências do mundo, há que saber que em qualquer momento o coronavírus poderá entrar no nosso país”, acrescentou.
Além disso, o presidente venezuelano também demonstrou que seu país está preparado para acolher a busca aos hospitais pelos que apresentarem sintomas do vírus e que se assemelha a uma gripe de início, e que, mesmo que seja isso mesmo, o que seria muito melhor do que não fosse e confirmasse o Covid-19, 46 hospitais públicos já estão preparados para atender esses possíveis casos de infeção, contado, inclusive, com interferon, um dos fármacos usados na China para o tratamento do vírus.
A atenção aos cuidados com a disseminação levou Maduro a propor até a possibilidade de suspender as aulas no país, com a garantia de que “o ano escolar continuará através das redes sociais, pela Internet” e que poderá ser necessário proceder ao isolamento de áreas do território.
Por fim, porque é pressionado pelos EUA com uma série de sanções econômicas, o Nicolás Maduro não se fez de rogado e requereu aos Estados Unidos a suspensão destas sanções para que possa lidar com o vírus tendo à sua disposição mais recursos, o que, certamente, seria melhor para todos.
No Brasil parece que estamos constatando agora, com o Bolsonaro de máscara, o fiasco da sua verborragia costumeira, e que demonstrava descaso em relação ao coronavírus, chegando até a alegar fantasia da imprensa. Pior do que ele é ver a Globo declarar que isso poderia ser uma manobra da própria China para lidar com a sua dificuldade de manutenção, e alimentação da sua enorme população, cuja satisfação ficou muito aquém do necessário.
Mas o fato é que, por ser uma parceira muito cara ao Brasil a China, muitos setores também já estão sentindo a diminuição da produção por lá, onde foi aberta a caixa de pandora. Setores ligados ao latifúndio, grãos, carne e mineração já se encontram sob forte apreensão. Isto por que o país asiático é o destino de 80% das exportações de soja brasileira, 40% de algodão, 30% de carne e ainda 60% das exportações do nosso minério de ferro.
A crise que havia piorou, e nos pegou exatamente quando iniciada a queda de braço entre o governo golpista de Bolsonaro com a extrema direita e seus cães raivosos de um lado, e do outro o Congresso igualmente golpista da direita com sua maquiagem de boa gente cheirosa, e que por vezes até tenta passar por esquerda, com o discurso de abaixo os fascistas, mas que no final das contas, já não engana mais ninguém, pois a agenda política e econômico dos dois grupos são prejudiciais ao trabalhador e o afeta drasticamente.
A participação nessa briga pela esquerda deve ser no sentido de convocar grandes mobilizações capazes impedir a extrema direita fascista de sequer manifestar-se livremente, organizada cada vez mais, e aumentando o risco de uma ditadura militar declarada novamente, como até mesmo vem sendo propagada como motivação para dia 15 neste domingo: fechar o Congresso e instalar uma intervenção militar … aberrações e tolices, mas uma temeridade se perderem as coleiras de vez!!!
Além do que, é uma oportunidade de mostrarmos que o Fora Bolsonaro também não é uma política de salões, como querem esses da Frente Ampla puxada pelo Congresso e que pretendem o impeachment do presidente golpista, para imporem um ritmo mais acelerado à agenda imperialista. Muito pelo contrário, o Fora Bolsonaro é uma agenda que restabelece as condições perdidas pelos golpistas, com a volta do emprego, investimento numa política pública para acabar com a miséria e a fome, e estabilizar o mercado interno com a valorização da indústria nacional.