O governo de Emmanuel Macron é uma sucessão dos governos anteriores, que por conta da política de ataque aos direitos dos trabalhadores, entraram em profundas crises, tendo de enfrentar diversos movimentos grevistas e um ataque cada vez mais ferrenho da extrema-direita fascista. Nesse sentido, os dois partidos tradicionais da burguesia foram à falência e tiveram de se unir por meio de uma manobra eleitoral para colocar um elemento supostamente novo na política. E assim, junto com o espantalho colocado contra a extrema-direita da Frente Nacional, Macron foi eleito presidente do país.
Pouco tempo atrás, uma crise iniciou no seio dos ministérios do governo, quando o ministro do interior pediu demissão, deixando o cargo interinamente com o primeiro-ministro, Édouard Phillipe. Ontem (09/10), os jornais franceses amanheceram noticiando que Macron e Phillipe estavam conversando para a reestruturação do ministério francês, revelando a crise no governo, que está precisando reformular sua base governamental para se manter estável.
Além disso, diante de toda essa profunda crise, que é resultado da continuação dos ataques contra os trabalhadores realizados nos governos anteriores, as centrais sindicais convocaram uma importante greve para o dia de hoje, denunciando a destruição do chamado “estado de bem estar social”, que garante alguns direitos básicos, serviços estatais gratuitos ou de baixo custo, para a população.
É importante dizer que essa é apenas uma das greves que Macron teve de enfrentar diante de toda essa política direitista que ele está efetivando. Entretanto, todas as greves foram respondidas da mesma maneira pelo governo francês: com repressão brutal e totalmente injusta contra os manifestantes grevistas. E, desta forma, não poderia ser diferente com esta. Fotos e vídeos obtidos pela imprensa russa, Russia Today, demonstram manifestantes sangrando e sendo espancados pela polícia francesa.
Esta é a atuação do governo francês que venceu contra a extrema-direita pois existiria, no momento, assim como procuram apresentar o balanço no Brasil, uma suposta luta entre democracia e fascismo. Percebe-se bem que, portanto, a diferença entre um democrata burguês e um fascista é apenas a maquiagem que o “democrata” para fingir que não é tão contra o povo quanto o é o fascista.