Nesta semana na Universidade Presbeteriana Mackenzie, em São Paulo, as editoras Boitempo e Contracorrente foram proibidas de participar de uma feira de livros, organizada pelo Centro Acadêmico João Mendes Jr..
A “justificativa” foi de que as editoras não trabalhariam com livros “doutrinários e legislação de uso acadêmico”. Trata-se de uma perseguição aberta à disseminação da cultura, e ao pensamento crítico, o cerceamento de duas editoras que trabalham na oferta de livros ligados à esquerda.
Tanto a Boitempo, como a Contracorrente se posicionaram, por meio de uma nota conjunta, contra a censura imposta pela instituição. Vale lembrar que esta não é a primeira vez que a direção da faculdade adota uma política direitista. No início do ano, a reitoria da universidade convidou o presidente ilegítimo Bolsonaro para visitar o campus. A visita foi barrada por uma enorme manifestação dos estudantes, que impediram a ida de Bolsonaro até a universidade.
Após o golpe de estado de 2016 e da eleição fraudulenta de Jair Bolsonaro, a extrema-direita avança com sua política repressiva, de caráter fascista, em todas as áreas. A educação é um dos setores que estão sendo fortemente atacados pela política repressiva da extrema-direita. Já são vários casos de professores e alunos reprimidos no interior das escolas pela própria polícia militar. Outro objetivo dos golpistas é a imposição do projeto Escola sem Partido, que na realidade é a Escola com fascismo, uma perseguição generalizada aos professores e alunos.
É preciso denunciar e se colocar contra qualquer forma de censura à educação, seja nas universidades ou nas escolas. É preciso impulsionar a luta contra Bolsonaro e contra o fascismo nas universidades, levantar a palavra de ordem de Fora Bolsonaro e todos os golpistas.