Camponesas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) alagoano realizaram, hoje (7/3), uma ato político no Centro de Maceió, denunciando a política ofensiva do governo Bolsonaro contra os trabalhadores do campo e fortalecendo o movimento de mulheres camponesas. É o início da manifestação, que terá um acampamento, montado na própria região, para que no dia seguinte, 8 de Março, as mulheres se unam aos demais movimentos urbanos que organizam o Dia Internacional das Mulheres Trabalhadoras.
Na ocasião, as militantes lançaram a Carta das Mulheres Sem Terra à Sociedade. O documento caracteriza o atual governo como fascista e ultraneoliberal e critica, acertadamente, a reforma da previdência e as medidas contra a reforma agrária. A carta também denuncia a violência contra as mulheres e contra o povo, embora poderia ser mais incisiva no fato de que o governo não está apenas se omitindo, mas a promovendo.
Os camponeses têm sido um dos principais alvos do golpe, morrendo em atentados organizados por fazendeiros. Mas como vimos noticiando, estamos em um período de crescimento das manifestações populares. Os movimentos camponeses também devem investir na criação de comitês de autodefesa contra os ataques de latifundiário, aproveitando a disposição popular para se opor ao regime.