Na ultima terça-feira (11) camponeses do sul do Maranhão foram expulsos de suas terras em mais um despejo promovido contra a população pobre e trabalhadora. Em situações normais estes despejos já são um verdadeiro crime da burguesia, mas que agora se tornam ainda mais graves por estarem acontecendo em meio à uma pandemia que já matou mais de 100 mil pessoas no país.
No local viviam diversas famílias camponesas que trabalham nas terras e dependem dela para sobreviver, com a expulsão que teve até a destruição de casas, estas famílias estão desabrigadas, sem trabalho, sem meios de se manter e ainda mais expostas à contaminação do coronavírus.
O despejo foi ordenado por decisão judicial mostrando mais uma vez o caráter impopular das instituições que servem ao estado burguês. O judiciário, o legislativo, a polícia, etc, são apenas instrumentos usados bela burguesia para atacar a classe trabalhadora, e como tal estas instituições se colocam como verdadeiros inimigos do povo, o que fica evidente com as ordens de despejo que prejudicam os trabalhadores em prol dos interesses da burguesia.
Não por acaso, tendo em vista este contexto, também chegou a público a tentativa de despejo de um assentamento do MST em Minas Gerais, o que demonstra como a direita está avançando cada vez mais e como isto é extremamente perigoso para a população.
Em Minas Gerais por sua vez, o despejo foi impedido pelos sem terra do Quilombo Campo Grande que enfrentaram a polícia fascista enviada pelo direitista Zema (Novo) e permanecem até agora tentando impedir, pela mobilização popular, que a direita consiga seu objetivo.
O exemplo dos sem terra deve ser seguido em todos os locais que forem ameaçados de despejo pela burguesia, ou seja, o enfrentamento real a esta ofensiva. Para isto é crucial a mobilização popular para impedir, inclusive na força se preciso, que a direita sai vitoriosa nestes crimes praticados contra o povo.
É preciso ter claro que é só o povo organizado contra a direita que pode barrar a ofensiva fascista. Recorrer ao judiciário ou legislativo por exemplo, é algo que não surte qualquer efeito sobre a burguesia, mesmo porque aqueles também fazem parte dela. A única coisa que a burguesia entende e teme é a pressão popular que pode liquidá-la.