O governo golpista Bolsonaro e seus prepostos na direção do Banco do Brasil partiram para uma nova ofensiva contra os seus funcionários e o patrimônio do povo brasileiro com vista a sua privatização.
Demissão de mais 5 mil trabalhadores (desde o início do golpes de Estado em 2016 já foram jogados no olho da rua mais de 7 mil bancários); fechamento de cerca de 870 unidades bancárias, descomissionamento em massa, fim do modelo de remuneração dos Caixas Executivos, transferências compulsória, são algumas das medidas da reestruturação imposta pelos golpistas que tem como objetivo preparar o caminho da entrega da empresa, a preço de banana, para as mãos dos banqueiros nacionais e internacionais.
A questão principal que está colocada para os companheiros bancários do BB, neste momento em que levanta a disposição da categoria, por conta dos sucessivos ataques da direção do banco, a nível nacional, é a organização imediata da greve dos trabalhadores do BB. Os bancários têm de ter claro que somente um movimento unitário, forte, de luta e por tempo indeterminado é capaz de barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros em defesa dos seus empregos, contra o fechamento de agências, rebaixamento salarial, ou seja, da política de miséria imposta pelo governo dos patrões.
As ações, quase exclusiva, defendida pela as direções sindicais, do tipo tuitaço, reuniões virtuais, plenárias digitais, é a expressão de uma enorme confusão política introduzida no movimento operário que visa limitar, já no seu início, a mobilização dos trabalhadores. Claro que todos os métodos de luta devem ser considerados, mas nada pode substituir os métodos tradicionais da classe trabalhadora, tais como as greves, ocupações, etc., somente a paralisação das atividades nas empresas é que abre a possibilidade de se ter um resultado concreto para os trabalhadores.
Diante de tamanho ataque da direção do banco é uma questão vital e por isso não pode ficar no pântano da campanha virtual, conforme foi a derrota da campanha salarial da categoria em 2020.
Os bancários sempre têm sido num exemplo de combatividade entre todas as categorias atendendo sempre aos chamados de luta em todo o País, organizando grandes e combativas greves nacionais. No entanto, estas têm sido constantemente golpeadas pela política de acordos com os patrões de suas direções.
É necessário convocar, imediatamente, uma plenária nacional da Contra/CUT, a partir de assembleias em todos os sindicatos para aprovar uma plataforma comum, capaz de unificar as lutas para ampliar e centralizar o movimento contra a política neoliberal do governo golpista de terra arrasada contra os trabalhadores.
Os ataques desferidos contra os bancários do Banco do Brasil são os mesmo desferidos contra os trabalhadores dos demais bancos públicos e, das demais empresas estatais (Petrobras, Correios, Eletrobrás, Dataprev, Serpro, etc.) e dos trabalhadores de forma geral.
As greves parciais de algumas categorias em andamento no momento oferecem uma base ampla para superar a política de lutas isoladas, É preciso transformar as greves parciais e isoladas em uma única mobilização da classe trabalhadora contra a classe exploradora organizada e centralizada no Estado.