“Bolsonaro já deixou claro o que ele quer para o Brasil: ele quer destruir todas as conquistas democráticas e sociais das últimas décadas”, assim o ex-presidente Lula se referiu às pretensões do fascista que está à frente do governo brasileiro em sua primeira entrevista a um órgão estrangeiro, o jornal inglês The Guardian.
Concordamos 100% com Lula, apenas acrescentamos que não é que ele queira destruir todas as conquistas democráticas e sociais, ele está destruindo. É justamente por isso que que o único chamado progressista a ser levantado diante do governo eleito pela fraude e manipulação é o da sua derrubada. Fora Bolsonaro é a palavra de ordem central para varrer com o golpe de Estado de 2016, que tem como propósito fundamental destruir direitos sociais e políticos e o próprio País, a favor do grande capital e do imperialismo. Essa é a política de rapina contra o Brasil. É para isso que foi derrubado o governo petista.
A derrubada da maior parte dos governos de tipo nacionalista na América Latina pelo imperialismo e mesmo naqueles países em que não foi necessário o golpe, porque já existia um governo capacho aos seus interesses, com é o caso da Colômbia, o objetivo determinante é o de impor uma nova onda neoliberal contra esses países e seus povos, mais ainda destruidora do que aquela que varreu o subcontinente no final do século XX e início deste.
Não é preciso citar o que o neoliberalismo produziu no Chile, no Equador, e até no dilacerado Haiti, o pavor com que as massas bolivianas estão encarado a possibilidade do golpe militar ser vitorioso é o atestado de que o povo boliviano está disposto a entregar sua própria vida para evitar a ditadura neoliberal que a direita e a extrema-direita aliadas do imperialismo querem impor ao País. O fato é que as massas, muito mais cedo do que supunha o imperialismo norte-americano e as burguesias subservientes e alinhadas a ele, levantam-se de norte a sul por toda a América Latina.
Falta o Brasil, mas o Brasil não vai ficar de fora. Os ataques contra as conquistas sociais do povo são tão intensas quanto nos outros países. No Chile, na Bolívia, no Equador, as massas tiveram que passar por cima dos partidos de esquerda para defender a derrubada dos respectivos governos de seus países, Piñera, Áñez e Lenin Moreno, aqui no Brasil também será assim.
A questão do fora Bolsonaro, juntamente, com a palavra de ordem por Lula Livre, são, indiscutivelmente, as mais populares do País. Isso não é à toa, pois as duas se completam, porque concentram os anseios populares pela derrubada do regime golpista e a anulação da fraude que representou as eleições de 2018.