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Opinião

Lula, entre o Nobel e París!

Coluna de Carlos Lungarzo, colaborador do DCO

Partidários do PT e da esquerda amiga manifestam nas redes sociais e na mídia progressista expectativas e interrogantes sobre o prêmio Nobel da Paz ao qual Lula é candidato. A presidenta Comitê Nobel da Noruega, a advogada e ex ministra de justiça Berti Reiss-Andersen, anunciará o resultado à imprensa credenciada nesta próxima sexta feira.

Por outro lado, a prefeitura de París concedeu a Lula a cidadania de Honra, como reconhecimento a sua luta contra racismo e seus programas sociais que tiraram 30 milhões de pessoas da miséria absoluta.

https://www.lexpress.fr/actualite/societe/l-ancien-president-bresilien-lula-fait-citoyen-d-honneur-de-la-ville-de-paris_2101448.html

Neste artigo quero discutir as expectativas sobre o prêmio Nobel, e comparar com a distinção dada pela cidade de París há 4 dias.

O Prêmio Nobel da Paz

É literalmente impossível fazer uma predição razoável sobre quem ganhará o Nobel, mesmo aceitando uma margem de erro grande. O máximo que é possível suspeitar é quem será excluído.

Os milhares de “apostas” que aparecem na Internet são simples chutes que podem dar certo por um acaso (não com base na probabilidade) ou podem dar errado, como aconteceu muitas vezes na escolha dos Prêmios Nobel ao longo da história. As dificuldades para dar um palpite aproximado são várias.

1) O quase total sigilo que o Comitê mantém sobre estes dados: O nome dos candidatos indicados. O nome dos indicadores principais, que são pessoas ou instituições de grande prestígio, alguns já merecedores do Nobel. O nome dos indicadores menores, que são especialistas em temas afins de diversos países do mundo, cujo número [o dos países] também é sigiloso.

Os candidatos cujo nome se conhece, como no caso de Lula, Raoni, Greta, Merkel e vários outros foram divulgados pelos próprios especialistas que os recomendaram. O sigilo é do Comitê Nobel, pois ele não publica absolutamente nenhum elemento que permita identificar os candidatos. Mais ainda, após terminado o processo e publicada a escolha dos ganhadores, os detalhes das deliberações ficarão arquivados durante 50 anos. As leis escandinavas protegem a privacidade das pessoas.

2) As únicas duas informações publicadas pela Fundação Nobel são: (a) O número de candidatos recomendados, que, para o caso da Paz de 2019 são: total: 301; indivíduos: 223; instituições: 78. (b) O nome e perfil dos cinco jurados do prêmio, que são escolhidos pelo Parlamento Norueguês por mandatos de seis anos. Falarei deles em seguida.

3) Outro fator de sigilo é o mutismo dos jurados. Apesar das diferentes ideologias, pontos de vista e qualidade técnica dos jurados, todos eles coincidem na disciplina do sigilo. Então, é impossível qualquer furo da mídia.

4) O isolamento dos jurados. Entre Fevereiro e Março, o Comitê faz uma lista curta, com os candidatos que chegarão ao final. Entre Março e Agosto, há uma revisão geral por assessores. Finalmente, no começo de outubro, o Comitê faz as escolhas. Em tese, esses jurados não se expõem à pressão da opinião pública, embora ninguém saiba se são influídos ou não por opiniões publicadas que estão bem fundadas, ou se restringem aos dados que eles mesmos obtiveram. Talvez a opção da fonte seja exclusivamente um assunto pessoal.

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A Folha Corrida dos Jurados

Os cinco jurados/as deste ano são os/as seguintes:

 A presidente do Comitê Berti Reiss-Andersen é membro destacada do Partido dos Trabalhadores norueguês (Arbeidarpartiet), pelo qual foi secretária de Estado do Ministério da Justiça e é coautora de dois livros de romances policiais. Ela foi defensora pública do distrito de Oslo. Muito comprometida com as causas dos perseguidos, chegou a entrar em conflito com a primeira ministra conservadora, quando esta recusou a somar-se a condenação da ditadura chinesa quando o Nobel Liu Xiaobo morreu numa prisão. Ela teve seu pedido de visto
recusado pelos chineses quando quis comparecer ao funeral do ativista morto.

 Thorbjørn Jagland: Também membro do PT da Noruega, foi 1º ministro (primeiro- ministro (1996 a 1997), Ministro Relações Exteriores (2000-2001) e presidente do Parlamento (2005-2009) e (2005-2009). Ambos seriam favoráveis a votar num candidato de esquerda, mas, mesmo no caso do Brasil, haveria dois candidatos, Raoni e Lula. Não sabemos todos os candidatos de esquerda que possa haver nos outros países, mas podem ser muitos. Além disso, o perfil que conheço deste dois jurados não me permite discernir se prefeririam votar por
indivíduos ou por instituições, já que seus votos anteriores não são conhecidos, como fica claro da condição de privacidade.

 O vice presidente do Comitê é HENRIK SYSE (n. 1966) um professor, educador, escritor e filósofo, sendo atualmente pesquisador de alto nível do Instituto de Pesquisa sobre a Paz de Oslo (PRIO), considerado o mais respeitável instituto sobre a Paz a escala mundial. Ele também é radialista e conduz um programa sobre Os Beatles. Junto com outros dois autores, escreveu um livro de fontes clássicas sobre Religião, Ética e Guerra, em inglês: https://www.amazon.com/Religion-War-Ethics-Sourcebook-Traditions/dp/052173827X. Ele é tido como um bom conhecedor da filosofia de Santo Agostinho, e se especializa na relação entre ética e a vida cotidiana. Ele declara não ser oposto ao capitalismo. Do pouco que li de sua autoria não posso deduzir sua posição ideológica, mas acredito seja um luterano de centro, com ideias semi-conservadoras porém solidárias e pacíficas. Seus colegas americanos o consideram anti-capitalista, porque critica a voracidade financeira. Pode ser uma mentalidade afim com a de Lula, mas provavelmente ele
nunca descubra.

 ANNE ENGER (n. 1949) membro do Parlamento, foi líder do Partido do Centro de 1991-1999, de crenças conservadoras, e definidamente eurocética. Foi a principal dirigente da campanha contra a UE de 1994, e se lhe atribui o “triunfo” de que a Noruega se mantenha fora dessa comunidade. É contrária aos direitos reprodutivos femininos. Os analistas de esquerda a chamam de “Salvini de saia”. A acusam de fascista, xenófoba e racista. Veja este texto traduzido por computador.

https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=no&u=https://resett.no/2019/05/24/matteo-salvini-er-vare-dagers-anne-enger-
lahnstein/&prev=search

 ASLE TOJE (n. 1974) é um investigador em política internacional, ou, mais precisamente, um propugnador de políticas defensivas e militaristas. Ele apoia o mercado sem limites, o estado mínimo, a aliança com os EUA e o conservadorismo de costumes. Mantém analogia ideológica com a direita polonesa. Deixando de lado a ideologia, sua produção intelectual é escassa e medíocre, tratando quase sempre de generalidade e assuntos vagos, muito cheios de retórica e sem propostas concretas. Seu discurso é alicerçado por opiniões de senso comum
da direita, especialmente da americana. Seu livro The European Union as a small power – after the post Cold War, https://www.amazon.com.br/dp/B009ATD2FM/ref=dp-kindle-
edirect?_encoding=UTF8&btkr=1, é muito elogiado por alguns periódicos destinados a executivos e operadores do mercado financeiro. O livro está baseado em algumas entrevistas nos maiores países da EU, e contém em sua primeira parte um histórico da formação de Europa com base na organização das pequenas potências desde a Idade Média até o fim da 2ª guerra. As predições que ele faz para o século XX podem ser prováveis, mas não estão fundamentadas, e tudo indica que sugere uma fusão entre o poder militar e econômico europeu mais o americano. Sua propostas são bem recebidas na direita do partido Democrata, em especial dos consultores de Hillary Clinton, e também pelos Republicanos, mas não da fação do Trump.

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O prémio Nobel tem um grande prestígio por ser o primeiro atribuído por regras que (apesar de permitir algumas arbitrariedades por parte dos jurados) possui um esquema disciplinado e uma metodologia explícita de aplicação. Antes de que fosse instituído, os únicos “prêmios” que existiam eram “benções” que os poderosos davam a seus subordinados, como condecorações, medalhas e outros fetiches, outorgados por aristocratas, monarquias, imperadores, ordens religiosas e militares.

Alfred Nobel e sua amiga, a baronesa Bertha von Suttner, uma pacifista radical, criaram a única distinção que, em tese, se fundamentou em considerações humanistas e culturais, e foi concedida por um comitê de especialistas “imparciais”.

Foi o única que, ao ser lançada, abrangia as disciplinas principais do começo do século XX, salvo música e artes plásticas (literatura, física, medicina, química e paz), que poderiam ser consideradas fundamentais para a felicidade humana. Após a Segunda Guerra, o Nobel foi o principal prêmio que estimulou a defesa dos direitos humanos e ignorou os privilégios de classe e o racismo.

Apesar disso, o prêmio da paz teve vários premiados aberrantes, como o açougueiro de Kampuchea, Henry Kissinger e o político israelense Shimon Peres, que provocaram a renúncia de vários membros do comitê vigente naquela época, e abalaram a capacidade de julgamento dos membros da banca. Também o Nobel de Literatura foi bastante arbitrária, mas muito menos que o Nobel da paz, que está totalmente politizado.;

O próprio Obama reconheceu que ele não merecia esse prêmio, pois estava liderando uma guerra. Um caso ainda mais escandaloso foi o de Santos, o presidente da Colômbia, um país em permanente estado de genocídio.

A criação em 1968 do Nobel de economia (com o objetivo de agradar os banqueiros suecos que financiavam a Fundação) foi um aberto desafio ao testamento do fundador e à vontade da família Nobel, cuja quarta geração é muito ciosa da fidelidade aos princípios de humanismo e paz. Em 2001, o sobrinho bisneto da Alfred, Peter Nobel, tentou impedir que o prêmio para os gamblers neoliberais continuasse vinculado com o sobrenome “Nobel”, mas não teve sucesso.

https://www.independent.co.uk/news/world/europe/take-the-nobel-name-off-economics-prize-say-relatives-9169672.html

Apesar de todo isto, o prêmio continua permanecendo no imaginário da burguesia que se acha culta e informada, e ainda é um dos carimbos preferidos para qualificar as pessoas públicas.

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Um fato que faz notar Breno Altman no programa do canal 247 é que a condição recente de citoyen d'honneur de la Ville de Paris pode induzir a simpatia necessária para que a proposta de Lula como premiado possa ser aceita pela direita que está no júri. Apesar disso, ele acha pouco provável a nomeação.

Veja o comentário dele neste link, a partir de 1h:16 min:

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Mesmo sabendo apenas a identidade de aqueles que foram já publicitados, isso não é suficiente para fazer qualquer conjectura justificada. Em meu caso, não tenho ideia de 80% dos candidatos. Há várias instituições com trajetórias impecáveis, como o ACNUR, porém, nem todos os julgadores têm perfil de aceitar instituições democráticas e altruístas.

Minha principal incógnita é Henrik Sise. Ele parece um pacifista, mas não se mostra categórico contra a guerra; apenas diz, referindo-se a Santo Agostinho “… as guerras justas, se é que elas existem mesmo!”.

A senhora Anne é claramente fascista, o que é infrequente nas instituições escandinavas, de acordo com as estatísticas. O “pesquisador” Asle é um burocrata com um estilo tendencioso e anticientífico, e uma pessoa da direita “institucional”, tipo o pessoal tucano no Brasil.

Os únicos que parecem consistentemente de esquerda são os dois membros do PT.

Mas, mesmo se Lula ganhasse o Nobel, não é fácil avaliar qual seria o peso que essa condição acrescentaria ao pessoa da solidariedade prestado por Paris. É sobre este assunto que desejo falar na última parte.
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A Cidadania de Honra de París

A cidadania de honra da cidade de París (que já havia sido concedida a outro brasileiro célebre, o cacique Raoni) foi oferecida a Lula com o voto do Conselho (equivalente da câmara municipal) e encaminhado pela combativa Anne Hidalgo, uma defensora dos direitos humanos e ativa militante socialista, da aquela linhagem que transformou a França, em certas épocas, no centro da proteção mundial aos direitos humanos. (Me refiro a Léon Blum, Jean Jaures, Léon Bourgeois, François Mitterand e outros.)

A cidadania de honra foi concedida também a um militante Black Panther, Mumia Abu-Jamal, que foi condenado a morte (depois comutada) por causa de uma falsa acusação de homicídio. Também a um fotógrafo prisioneiro da ditadura Ucraniana, e a outras figuras reconhecidas por serem resilientes à barbárie persecutória.

Dois casos célebres foram o da livre pensadora bengali Talisma Nasrin, e o pavoroso episódio de fanatismo religioso representado pelo massacre do staff da revista Charlie Hebdo.
www.wikiwand.com/fr/Liste_des_citoyens_d%27honneur_de_la_Ville_de_Paris

O documento onde Anne Hidalgo defere a distinção a Lula mostra um claro conhecimento dos méritos do governo do PT e, ainda de maneira mais patente, denuncia a tramoia do criminoso sistema jurídico da Lava Jato e seus cúmplices.
https://www.bfmtv.com/politique/l-ancien-president-bresilien-lula-fait-citoyen-d-honneur-de-la-ville-de-paris-1780318.html

Pode traduzir-se o texto com o Google ou com o Word. A sintaxe do texto é simples e o resultado será planamente compreensível.

Paris talvez seja a cidade mais interessante de nosso planeta, mas a cidadania de honra que ela concede não é bem entendida por todos. É preciso que expliquemos aos possíveis simpatizantes do PT que a cidadania de París não é apenas uma prêmio.

É também, e sobretudo, um ato de solidariedade contra a perseguição.

Esta solidariedade foi brindada a pouquíssimas pessoas, apenas 17, contando todas as vítimas do massacre de Charlie Hebdo. É preciso que nossa militância aprecie esta distinção e a faça conhecer em todos os setores sociais. Todo mundo ouviu falar de París, ou viu a Torre Eiffel em alguma foto, vídeo ou filme. Portanto, devemos explicar com capricho às pessoas indecisas:

“Esses franceses fizeram a terceira revolução da história e a primeira de repercussão internacional; redigiram a declaração, mesmo incompleta, dos direitos humanos; inventaram o cinema; tiveram a melhor literatura de sua época; lutaram durante dois séculos contra o obscurantismo; tiveram a coragem de acabar com a monarquia. Aliás, foram capazes de lutar em condições dificílimas contra os nazistas de seu próprio pais; e já antes disso haviam ajudado o povo espanhol na mais brutal luta de história da época: a batalha contra o franquismo.”

Acredito que muitos dos militantes poderiam traduzir estas ideias a uma linguagem simples e fazer com que a verdade sobre o caso Lula seja multiplicada entre os setores
mais alienados por nossa mídia trash.

Ainda podemos dizer a nossos companheiros. Quando vocês andam por Paris, em vez de ver as propagandas do governo nos edifícios públicos, você encontra três antigas palavras Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Pois é: esse povo, complexo, mas maravilhoso, apoia nosso Lula.

Por esse motivo, o fato de a democracia brasileira ter de seu lado a prefeita de Paris (o que significa, sem dúvida, ter também a seu favor quase toda a esquerda francesa), justifica que a esquerda brasileira articule a colaboração com os países democráticos que não apenas são solidários conosco por causa da generalizada barbárie dos poderes públicos brasileiros, mas também são, junto conosco, co-vítimas de uma legião de sanguinários psicopatas que coloca 20% da população mundial em perigo.

Desde os tempos do tirano Nero e, mais recentemente, desde setembro de 1812, quando o czar Alexandre tocou fogo em Moscou para não deixar a cidade nas mãos Napoleão, o Brasil é o único país que se “incendeia a si mesmo”. Mas, a situação agora é bem pior, porque o incêndio da Amazônia afetará uma quinta parte de planeta.

Por termos sido colonizados pelas potências socialmente mais atrasadas da época, e por ter uma tradição única de etnocídio (e ao dizer única, incluo também a África, pois, a despeito do sofrimento terrível dos povos negros, esse sofrimento foi maior em nosso continente que no continente deles), nós, Latinoamericanos, temos desenvolvido desconfiança contra os europeus. Porém, Europa não é toda Imperialista. Ela inventou não apenas o fascismo, a Inquisição e a maçonaria, mas também o Iluminismo, o Humanismo Jurídico, as revoluções Burguesas, e a própria esquerda.

Seja que Lula ganhe ou não o Nobel, todos sabemos que ele é o único líder político que poderia derrotar a direita em eleições limpas, e que a aliança entre ele e o movimento indígena e afro-brasileiro é umas das poucas chances de diminuir o holocausto ao qual estamos dirigidos e, eventualmente, de impedi-lo.

Devemos devolver o abraço que nos manda Paris, e fortificar o movimento Lula Livre na Europa a partir da iniciativa de Rebeca Rô e outros ativistas exemplares que operam desde a França.

Se Lula ganha o Nobel, esse será um salto qualitativo, mas, se não acontecer, há muito que podemos fazer. Salvo o Vaticano, todos os estados mundiais, até os mais pequenos, estão divididos pelas classes sociais. Pretender a unidade com nossos inimigos ou com os negociadores é nos identificarmos com o pior que a humanidade produziu desde 1919. Pensemos que ainda somos mais da metade do país. É necessário que essa metade se mobilize, e lembrar que nenhum movimento progressista foi jamais ganho sem a solidariedade internacional.

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