Enquanto participava do lançamento do livro “Lawfare: uma introdução”, dos advogados Valeska Teixeira Zanin Martins, Rafael Valim e Cristiano Zanin Martins, nesta quinta-feira, o ex-presidente Lula em meio a seu discurso contra a perseguição política feita pela Lava Jato, caracterizando-a corretamente como uma quadrilha, declarou: “Estou com muita vontade de derrotar o fascismo nesse País”.
Esta declaração foi uma das mais impactantes da noite. Lula, após ser solto devido à crise do golpe e à pressão popular, levanta em questão a luta contra o fascismo, este que é protagonizado por Jair Bolsonaro, o presidente fascista que subiu ao governo graças à fraude eleitoral que retirou Lula das eleições.
Assim como dito pelo ex-presidente, o fascismo é evidentemente uma ameaça ao povo brasileiro, estando no controle de vários setores do Estado nacional após o golpe de Estado, crescendo contra o povo em momentos em que a propaganda burguesa levava os fascistas às ruas na ausência de uma política combativa da esquerda.
Hoje em dia a situação coloca-se de diferente maneira, o povo por meio das grandes manifestações contra o governo Bolsonaro e a crise geral do golpe colocaram os fascistas em uma posição retraída, minguando frente à reação popular. Contudo, assim como dito anteriormente, são esses o que estão no controle do governo brasileiro, e que atacam a população com as duras políticas econômicas e com os órgãos de repressão.
Como provado pela sua aliança com os Estados Unidos, o presidente fascista é um capacho, assim como toda a direita nacional, dos interesses imperialistas, sendo por eles impulsionados a massacrar o povo brasileiro e destruir toda a esquerda. Devido a este quadro geral, a declaração de Lula encontra-se em momento oportuno pois de fato, a esquerda nacional precisa tomar a frente e lutar contra a ofensiva fascista.
Graças a estes fatores, uma luta contra o fascismo naturalmente significa uma luta contra o governo Bolsonaro. Se este é a principal figura do fascismo no país, necessitamos como em toda luta quebrar esta coluna vertebral, ou seja, derrotar Bolsonaro, colocando-o para fora e exigindo novas eleições, com a candidatura daquele que é justamente o seu antagônico, o ex-presidente Lula, a figura mais popular do país, impondo uma fundamental derrota à extrema-direita e ao impopular governo bolsonarista.
Para realizar este feito, a esquerda como um todo necessita em momentos como a Conferência de Luta Contra o Golpe, realizada nestes dias 14 e 15 de dezembro, deliberar uma política real de mobilização e luta contra o governo Bolsonaro e todos os golpistas. Sob as palavras de ordem Fora Bolsonaro e Eleições Gerais com Lula Candidato, conseguiremos dar conta de unir todo o povo esmagado brasileiro em uma grande ofensiva contra os fascistas.
Junto a toda esta política, há também a necessidade de nos organizarmos firmemente para o enfrentamento contra estes setores anti-povo. Os fascistas são conhecidos por seu comportamento agressivo e covarde, atacando militantes isolados, mulheres, homossexuais, etc, setores por eles vistos como mais vulneráveis na sociedade, como forma de fazer o povo recuar diante deles.
Todavia, estes setores conhecidos por sua covardia são sempre os primeiros a fugir de um real enfrentamento. Como mostrado pela política não tolerante do PCO frente aos grupos fascistas, estes não são capazes de enfrentar de fato o povo e a esquerda, acuando-se quando confrontados. Por isso, tanto como proteção da população atingida pelos fascistas, como forma de faze-los serem derrotados, necessitamos iniciar a formação de comitês de autodefesa por todo país, uma garantia prática de que estas questões serão atendidas.
Logo, com estes comitês e mais toda mobilização popular pelo Fora Bolsonaro, é que conseguiremos, como diz Lula, derrotar o fascismo. Lula está correto, precisamos avançar contra os fascistas. Às ruas pelo Fora Bolsonaro e Eleições Gerais!