Nessa terça (27), foi anunciada a liberação, pelo ministro Edson Fachin, de um novo pedido de liberdade do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva deve julgar em dezembro pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) mais um pedido de liberdade feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com data de julgamento a ser definida pelo ministro Ricardo Lewandowski, presidente da turma, responsável pela pauta de julgamentos daquele colegiado.
A decisão se dá em meio à abertura de novos processos contra Lula (já são cinco os que aguardam julgamento) e o PT, com o claro propósito de colocá-lo na ilegalidade, sob a acusação falsa e absurda de que o partido se constituiu em uma organização criminosa. Se dá também um dia depois que a força tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo, denunciou Lula – mais uma vez sem provas – pelo suposto crime de lavagem de dinheiro, sob a absurda acusação de que o mesmo teria recebido, como doação para o Instituto Lula, R$ 1 milhão, depois de intermediar discussões entre o governo de Guiné Equatorial e o grupo brasileiro ARG para a instalação da empresa no país.
Ocorre ainda quando se evidencia um conjunto de preparativos do “novo” governo, o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro, para levar adiante a perseguição a Lula, com a indicação do ex-juiz Sérgio Moro para o Ministério da Justiça e de alguns dos seus assessores para posto-chaves que indicam o claro objetivo de dar sequência e aprofundar a perseguição política contra a maior liderança popular do País, contra o PT e toda a esquerda.
Toda essa movimentação deixa evidente que Lula continua sendo o centro da luta política. É alvo principal dos ataques da direita golpista e que a manutenção de sua prisão, aumento de suas penas e novos ataques visam garantir seu afastamento definitivo da cena político visando fragilizar a luta do movimento operários e do conjunto das organizações dos explorados, do quais ele é a principal liderança.
O objetivo da direita é manter o PT e toda a esquerda na defensiva. Tarefa na qual conta com a ajuda de amplos setores da direita burguesa e pequeno burguesa que não só abandonaram qualquer mobilização real em defesa da liberdade de Lula, como se dedicam cada vez mais a defender que o PT busque uma conciliação com o regime golpista, desejando “sucesso” para o governo surgido da fraude das eleições em que Bolsonaro e a direita saíram vitoriosos graças à condenação e prisão ilegal do ex-presidente, líder inconteste nas pesquisas eleitorais, antes da capitulação da direção do PT que decidiu – sob pressão dos militares – encaminhar a substituição de sua candidatura.
Ao contrário da política capituladora desses setores da esquerda e com base na experiência recente que comprovou o fracasso total da política de buscar se defender por meio de inúteis iniciativas judiciais e parlamentares, é preciso abrir caminho para enfrentar essa ofensiva para enfrentar e superar essa política de derrotas. Para isso é preciso impulsionar uma verdadeira mobilização contra o regime golpista, usando da arma fundamental que os explorados e suas organizações possuem para ser vitoriosos: a mobilização nas ruas.
Para levar adiante essa mobilização é preciso unificar e centralizar a iniciativa contra o regime golpista em uma luta pela liberdade de Lula e de todos os presos políticos, pelo fora Bolsonaro e todos os golpistas, organizando e impulsionando uma mobilização a partir dos comitês de luta por local de trabalho, estudo e moradia.
A II Conferência Nacional de Luta Contra o Golpe e o Fascismo, convocada pelos Comitês de todo o País, para o próximos dias 8 e 9 de dezembro, constitui uma iniciativa central para impulsionar esta perspectiva de interesse de todos os explorados.