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VR: candidato operário

Luiz Eugênio Honorato, candidato a prefeito de Volta Redonda

Volta Redonda contribuiu muito nos últimos 35 anos para a luta dos trabalhadores. Se a gente for contar a história do país, a história mais bonita do movimento dos operários

Eduardo Vasco: Estamos ao vivo na entrevista com o candidato do Partido da Causa Operária. Dessa vez aqui com Luiz Eugênio Honorato, candidato do PCO à Prefeitura de Volta Redonda, no Rio de Janeiro.

Boa noite Luiz Eugênio Honorato. Obrigado pela sua participação na entrevista ao PCO.

Luiz Eugênio: Boa noite Vasco, boa noite aos ouvintes que estão nos acompanhando pela internet e os que vão assistir o programa posteriormente.

Vasco: Luiz Eugênio você é metalúrgico? Sempre trabalhou como Metalúrgico? Como que foi a sua atividade política lá dos anos 80? Fale um pouco sobre o seu papel no movimento sindical. Você participou de greves lá nos anos 80?

Luiz: Eu quero contar um pouco da minha história, até quando eu cheguei aos metalúrgicos.

Na verdade, eu me considero um político desde os 17, 18 anos quando ingressei na associação de moradores, no movimento popular, a partir daí quando eu, posteriormente, entrei para trabalhar na CSN. Foi aí que comecei nos movimentos sindicais.

Aqui é uma cidade muito interessante porque foi o berço da metalurgia e da história do país na questão da industrialização. Então não era estranho que a pessoa daqui se tornasse militante.  Eis que, no meio operário em luta, adquire-se uma consciência de classe e uma participação nos movimentos.

Eu fui um felizardo porque eu nasci no período de muita efervescência das lutas. Sou de 1961 e, em 64 inicia o processo de ditadura militar no País.  É claro que era recém-nascido, bebê, mas eu acompanhava desde criança a movimentação em torno de toda aquela situação.

Ocorre que Volta Redonda contribuiu muito nos últimos 35 anos para a luta dos trabalhadores. Se a gente for contar a história do País, a história mais bonita do movimento, da organização dos trabalhadores, está com Volta Redonda.

Aqui ocorreu a continuidade daquele movimento do ABC Paulista que surgiu nos anos 80. Havia uma aliança muito forte entre os trabalhadores. Muitas lutas e, se sabe, que água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Foi a luta, o movimento contra a ditadura militar no País, ou seja, foi a luta dos operários, entre eles os metalúrgicos da CSN quem derrubou a ditadura.

Eu já estava envolvido nesse movimento, nessa época aí virada dos anos 70 para os anos 80. Eu fui uma das lideranças do confronto com o exército e, na verdade o que aconteceu abalou a ditadura, ou o que restava dela. E, o movimento Metalúrgico foi muito bom e ameaçador para os patrões.

Foi um período de muita organização e de consciência política. A gente ia enfrentar uma situação muito hostil, mas ao mesmo tempo inovadora, porque a CSN nunca tinha feito greve antes nos seus 40 e poucos anos de existência. Não se tinha feito greve e a gente começava as ondas grevistas e, oposições sindicais surgiam no país afora.

Tudo o que a gente viu, os exemplos do ABC Paulista o Jair Meneguelli, Lula, PT, CUT em sua formação, e tudo mais, nós participávamos, a gente participava dessas discussões todas. Nós fizemos cinco greves, muito organizadas, antes do confronto com o exército. Esta foi a sexta greve.

Nas cinco greves anteriores, a gente ia adquirindo algumas conquistas, um tanto paliativas, mas, ia surgindo um certo ânimo, ameaçando muito a burguesia. Também fomos aprendendo com as greves.

No período da década de 80 e, mesmo antes, quando aconteceu aí em 87 nós ganhávamos as Cipas dentro da empresa de ônibus e, dentro da fábrica da CSN. Então ganhamos estabilidade, tínhamos diretores do Sindicato que estavam proibidos de entrar na CSN.

Contudo, dentro da Fábrica tinha os delegados sindicais, muito atuantes que organizaram as condições de fábrica. Eu era uma dessas pessoas que participavam das denúncias das condições de fábrica, estávamos dentro da Fábrica para organizar, na base, os operários para sustentar posições dos operários e,  sustentar o movimento.

Esse movimento foi crescendo e foi ganhando um vulto enorme, um volume e, envolvendo a todos, construindo o bom senso da classe operária. Chegou um período e a CSN decidiu enfrentar a situação e deportar toda a liderança, todos os militantes mais destacados. Então, nós que tínhamos o vice-presidente da CIPA (e, ele tinha estabilidade junto a outros cipistas).

Mas, a CSN não respeitou a estabilidade conferida por lei e, foi demitindo todos os lutadores restando apenas quem era diretor do sindicato. A direção da CSN cassou todos os direitos dos cipistas e, não deixou os diretores do Sindicato entrarem na empresa.

Porém, as comunidades nos bairros e, dentro da empresa os trabalhadores não se renderam e, enfrentaram as duras condições de fábrica e, também sofreram um período de muita repressão. Duras lutas. Eu, nesse período, estava dentro da fábrica, quando já não podiam mais entrar na fábrica os diretores.

Dentro da empresa nós fizemos a luta e discussão com as bases, inclusive sobre a impossibilidade dos diretores do sindicato impedidos de entrarem. Muitas demissões de cipistas inclusive, ocorreram.

Na verdade, as demissões ocorreram em massa. Foi aí que nós, que ficamos dentro da fábrica começamos a discutir como a gente ia fazer porque a gente estava acéfalo, ou seja, não tinha direção Sindicato, não tinha mais a CIPA.

Ocorre que a pressão, repressão dava aquela gente a admiração de muitos, inclusive em todo o país e mesmo fora dele, internacionalmente. Multa gente vinha travando uma luta enorme e ganhando uma consciência dentro da fábrica.

Foi quando chegamos ao movimento de 88 e o confronto com exército. Antes, no começo dos anos 80 então dos anos 80 até 88 como eu disse já tinha acontecido cinco greves na CSN. Assim, nas 5 greves, cada vez gente saia mais fortalecido e mais organizado quando na quinta greve para frente, preparávamos aquela que seria greve geral.

Mas desde 1987 a companhia decidiu endurecer e jogar pesado com a direção do Sindicato. Isso porque a CSN era área de Segurança Nacional. Em Volta Redonda houve muita repressão e, a direção da CSN tirou a diretoria do Sindicato, não poderiam entrar mais na CSN e,  pegou os operários que tinham estabilidade por serem cipistas e, demitiram também.

Isso causou uma revolta entre os operários dentro da fábrica e, eles começaram a organizar uma comissão de fábrica poderosa para exigir que voltassem todos os demitidos e afastados, para que voltassem, como era normal, para que pudessem entrar na fábrica, para assumir as lutas e, revogar as demissões dos que eram cipistas.

Estou querendo esclarecer com essa história aqui que o movimento operário só se organiza pelas suas reivindicações imediatas e econômicas. A greve da CSN provou que os operários também tinham uma consciência política organizada, politicamente. Essa greve de 88 foi a demonstração disso, foi nessa greve que os operários enfrentaram o Exército.

Então os operários que se organizaram dentro da fábrica iniciaram aquela greve gigantesca que começou no meu departamento. Essa greve começou com um departamento onde fizemos o primeiro arrastão onde a gente chamava para se unirem a nós, todos os outros departamentos. E, fomos parando diversos departamentos e a exigência era política, havia uma situação econômica que era o Plano Bresser nos roubaram os 26% (no Plano Bresser) e,  que faltava para gente o mais essencial: era que a gente reivindicada a reintegração dos demitidos e dos cipistas. Queríamos todos dentro da fábrica e o acesso da direção do sindicato a fábrica.

Queríamos de volta as assembleias dentro da fábrica. Nesse sentido essa cidade contribuiu para falar, para contar a história do maior movimento jamais visto. Verdade, tínhamos um soviet. Um conselho operário popular, o maio que já aconteceu na no esse país. Isso porque envolveu toda a cidade. Foi feito uma aliança com o movimento estudantil, uma aliança com o movimento popular, uma aliança com os movimentos sociais e associações de moradores. Ou seja, a cidade toda foi contagiada por um vigoroso movimento operário que reivindicou a reintegração dos demitidos, que reivindicou o acesso da direção do Sindicato de novo na empresa e, enquanto isso, nós mantivemos a ocupação da CSN.

Era isso ou não sairíamos da empresa, se não atendessem todas essas nossas reivindicações. Das cinco vezes quando o exército invadiu a empresa os movimentos foram dispersados. Contudo, no 9 de novembro de 1988, nessa última vez, não. Dessa vez nós resistimos e, seguramos até aquela Vitória, até o final.

Foi quando houve o assassinato de Willian, Valmir e Barroso, esse confronto com o exército em perdemos os três operários. Mas é esse movimento continuou repercutindo no tempo, nossa direção que na época era o Juarez Antunes, ele se tornou o prefeito da cidade e, depois, Deputado Constituinte.

Dessa forma, faço parte dessa história, eu costumo até dizer isso daí de um movimento vitorioso e, eu não estou entendendo agora numa certa idade como poderia voltar para casa, quando um Bolsonaro ameaça a todos com o fim da educação, da cultura, dos direitos, o Bolsonaro que nos ameaça a vida com o fascismo, um regime de forte repressão. Mas, eu nasci no período da ditadura militar e que só tive Vitórias ao lado dos operários.

Em meio as tensões, repressões nós fizemos um operário Presidente da República. Fizemos, em meio a uma Constituinte, o enfrentamento do exército. Demos fim a ditadura militar que sobreviveu e, faço parte desse movimento operário que hoje tem que resgatar toda essa história. Tudo isso porque hoje, não está diferente da repressão daquela época. Talvez esteja até pior para enfrentarmos nesse momento o bloco fascista.

Vasco: agora, Luiz Eugênio foi nessa época que vocês conheceram o PCO?

Luiz Eugênio: nós conhecemos o PCO bem antes dele virar Partido. Nós conhecemos o PCO bem antes de ser PCO como o conhecemos agora. Essa é uma história interessante porque nós somos fundadores do PT (Partido dos Trabalhadores). Somos fundadores da CUT. A gente ia nos congressos nacionais da fundação de CUT e do PT e tínhamos as tendências que vendiam jornais, tendências internas do PT.

Assim, somos fundadores do PT e, também fundadores da CUT e o PCO, àquele tempo era uma das Tendências do PT, era apenas Causa Operária num jornalzinho bem artesanal. Foi quando um companheiro nosso esteve em um desses congresso e trouxe esses jornais para nós e, passamos a conhecer esse farol para os trabalhadores que era a Causa Operária.

Fiz contato com o pessoal de São Paulo, um deles o João Carlos del Mastro, um grande dirigente que conhecemos e veio a Volta Redonda. Ele veio a falecer posteriormente, uma grande perda. Antes ele nos fez ingressar na Causa Operária.

Passamos então a militar na Causa Operária, tendência dentro do PT. Éramos, anteriormente petistas, nós éramos majoritários na direção do PT na nossa cidade, em Volta Redonda.  Militávamos nos movimentos operários, de bairros, estudantis, éramos lutadores que a partir de então ingressávamos na Causa Operária.

Dessa forma, nós éramos militantes dentro do PT até quando conhecemos a Causa Operária. A gente já dirigia o Partido dos Trabalhadores em Volta Redonda e, passamos a assumir a política da Causa Operária. Foi um tempo interessante e eu posso contar aqui que se passou: é o seguinte, quando fomos expulsos do PT nós já estávamos na Causa Operária.

Aquele tempo avaliamos de que estava sendo formado dentro do PT uma frente a Frente Popular. Foi quando denunciamos essa política e, o perigo que representava aos trabalhadores. A Frente Popular já havia sido analisada por Trotski e, ele a chamou de “ante sala do fascismo.”

Foi um tempo em que o PT fazia uma aliança com vários setores da direita. Trouxeram para ser vice do Lula nas eleições de 89, o Paulo Bisol, latifundiário. Era uma aliança com a “sombra da burguesia” e, isso um risco na política. A gente estava se integrando à Frente Popular e, esse era um tempo para desarmar o espírito dos trabalhadores para preparar o golpe e o fascismo.

Por essa razão fomos expulsos do PT.  A gente deu todo um combate antes, não era nossa política sair do PT, mas, já éramos uma organização trotskista, a gente combatia para a classe operária e, levávamos até as últimas consequências esse combate. Com essa posição contra a Frente com a burguesia vieram a intervenção estadual e nacional para tomarem a sede e a direção do PT. Foi quando falamos aos interventores que ficaríamos com a sede e os militantes. Nós éramos a maioria e, eles saíram e, nós ficamos. Eles, a Estadual do PT, impuseram uns interventores.

Mais tarde saí de Volta Redonda e fui para São Paulo ajudar a Causa Operária nas organizações de greves que estavam acontecendo em São Paulo. Também aí em São Paulo fizemos até a ocupação do frigorífico Pedroso. Os trabalhadores do Frigorífico estavam sem seus empregos, as famílias passavam fome. Foi quando a Causa Operária decidiu que a gente deveria ocupar Fábrica e, o controle dela aos operários trabalhadores. E, a gente fez aquele movimento, um vigoroso confronto como exemplo para todos.

Quando a gente fala nas nossas propostas, nas nossas propagandas políticas, é, verdadeiramente, o que a gente faz também no chão da fábrica, na vida real. Assim, também implementamos, na prática, na militância. Para se ter uma ideia, nós fizemos um movimento grevista de ocupação e, enfretamento com os patrões que durou 76 dias. Nós estivemos na direção da ocupação do frigorífico Pedroso e, a gente saiu de lá com uma negociação que, pelo menos, indenizaram os trabalhadores. Contrariamos os planos dos pratões que tinham planos de fechar a fábrica sem pagar os direitos dos trabalhadores. Então, tem essa história toda aí.

Vasco: explique como nasceu o nome do Partido da Causa Operária?

Luiz Eugênio: sobre o surgimento do nome “Partido da Causa Operária”, o nosso companheiro  Rui fala sobre o fato de que escreveram no muro lá do Frigorífico: aqui é o Partido da Causa Operária. E aí esse nome pegou. Essa é a origem do nome para a gente e, é esse partido que nós somos hoje.

Vasco: mas, isso daí foi lá na metade dos anos 90.

Luiz Eugênio: isso, agora é o Partido da Causa Operária foi fundado em 96 né. E, é um partido legalizado já né.  Então, agora é a causa Operária não mais como uma tendência do PT.

Vasco: No partido da Causa Operária Você já se candidatou outras vezes aí a prefeito a Governador, a vereador?

Luiz Eugênio: eu tive um período em que fiquei afastado da Causa Operária. Foi nesse período da formação do Partido da Causa Operária e, depois eu retornei. Nesse período, afastado de todas as empresas, sem poder voltar, fui militar nos movimentos populares. Eu fui Presidente Associação de Moradores duas ou três vezes em três bairros. Cheguei a fundar o grupo de Luta Popular, em Santa Rita do Zarur, bairro da periferia que tem aqui. Ganhei outras experiências nos movimentos de associação de moradores e comitês luta popular.

Quando me reintegrei ao Partido da Causa Operária fui candidato a Governador, em 2018, ao governo ao Governo do Estado do Rio de Janeiro na qual a gente denunciava do Golpe. A gente fez muita a política, muitos movimentos, fizemos a denúncia do golpe, chamamos a todos para resistir ao golpe. Uma luta para tentar atrair a esquerda toda para uma luta gigantesca contra o golpe.

A minha função de candidato ao Governo do Estado do Rio de Janeiro era de denúncia. A situação era muito crítica havia a ocupação do exército e nas favelas. Estava evidente o assanhamento das milícias matando gente adoidado nas ruas e nas favelas. Era o Lula sendo preso sem direito a se candidatar e, o PT com ameaça de ser proscrito e, nós também.

Então a gente tinha a função de denunciar o caráter arbitrário da eleição. Exigir que a eleição para ser legal e, não apenas uma fachada democrática, teria que aceitar a candidatura do Lula. Acresce que lutamos pela retirada do exército das ruas e das favelas. Essas eram nossas bandeiras de campanha.

Vasco: então sabendo bem agora o Luiz Eugênio dessa campanha, quais são as bandeiras?

Luiz Eugênio:  a minha candidatura foi para denunciar a partir de aí fazer de uma tribuna essas eleições e, agora nessa campanha como candidato a prefeito de Volta Redonda as bandeiras não mudaram muito.

As bandeiras do partido para essas eleições no Município é, na verdade, toda a nossa reivindicação de 2018 somadas as outras.  É evidente até hoje que ainda estamos sobre as consequências do golpe de 2016 e, a violência no Rio de Janeiro continua e, também é cada vez mais gritante, flagrante mesmo a tentativa da proscrição do Lula. Soma a isso tudo o abandono de Lula pela construção da Frente Ampla com os golpistas inclusive.

Verdade é que essa Frente Ampla veio para poder amordaçar as tendências de lutas dos movimentos, dos trabalhadores. Então agora a gente tem que continuar a combater a formação dessa Frente com os golpistas como nós já fizemos no passado. Querem criar uma nova frente justamente com aqueles que organizaram o golpe de 2016. Falam em amenizar a polarização, amainar as lutas. Mas, para nós a campanha de todos os candidatos do o eixo central é o fora Bolsonaro. Como também a campanha pelos direitos políticos, pela anulação dos processos fraudulentos, pela candidatura do Lula à Presidência da República em 2022.

É isso mesmo, a gente imagina o seguinte: eu estou concorrendo à Prefeitura um Município de Volta Redonda, não menos importante aqui, a gente tem uma responsabilidade imensa por já ter sido o berço do movimento operário. Certo também que o movimento operário aqui pode influenciar e contagiar outros setores da sociedade. É necessário construir um movimento real para contrapor a esses ataques da burguesia e do imperialismo.

Então qual é a minha missão na campanha política, aqui na campanha de candidato a prefeito? Primeiro, as eleições, é bom que esclareça está totalmente dominada pelo fascismo, pelo governo de golpistas, temos dificuldades para se discutir política, para falar de política, dos políticos e tudo mais.  Mas, a política é a única ferramenta de atuação para a transformação social aonde você tem que fazer as organizações se levantarem agir e transformar a sociedade então, as nossas campanhas eleitorais são a única vantagem que nós temos. Agora que todo mundo é obrigado a discutir política, é um espaço em que a gente está legalmente aberto para poder fazer política e discutir política.

E, a nossa política atual, ela tem que ser para responder um conjunto de ataques e, apontar realmente uma saída que resolva o problema das massas. Contudo, para isso não adianta uma luta local e, ela não seria forte o suficiente para responder aos ataques. E, os fracassos que a gente tá tendo por último tem que ser respondido nas ruas, nas fábricas, a gente gritar pelo fora Bolsonaro. Então, nós temos que usar todo o espaço que tiveram para poder denunciar a política de conjunto que sobrecarga nossas cabeças porque se a gente luta no local apenas, perdemos força. É a política segundo a qual tudo se relaciona, a gente não consegue avançar se a gente não chamar um movimento mais amplo, maior, de classe, de unidade, para poder enfrentar essa situação e aí. Tem que ser pelo fora Bolsonaro, a gente precisa unir nossas forças pelo fora Bolsonaro até a Vitória, eu acredito nisso.

E, qual a figura mais popular que tem todo o histórico dessa luta para que se possa contrapor ao Bolsonaro? É Lula candidato, essa é a resposta mais verdadeira e sincera para quem está realmente preocupado em transformar essa situação política.

Vasco: Lula assim como você é Metalúrgicos e, você está aí na cidade de Volta Redonda fala para a gente terminar já ele tem três minutos: Como é que está a situação aí da classe operária dos Metalúrgicos especialmente aí nessa cidade industrial que é Volta Redonda?

Luiz Eugênio: Aqui  é sempre um laboratório político, as coisas parecem na mesma, que não acontece nada por aqui, fica num silêncio, mas, não, a burguesia trabalha muito bem essa cidade porque ela concentra Operários e, como a CSN já assistiu muitas lutas, ela já foi um exemplo para muitas categorias. Então, o que acontece: nós vamos ter uma eleição sindical aqui agora. É necessário a transformação do sindicato. Há muito trabalhado a ser feito para combater a dispersão, o desinteresse e, retomar um trabalho para poder desmobilizar a categoria.

A política sindical aqui exige que sejamos bastante profissionais, porque é de profissionais com consciência de classe para enfrentar a situação. Isso porque a gente está enfrentando essa Elite que trabalha com a mídia, com poderio econômico, com tudo contra nós. Isso porque é a categoria de fato, os Metalúrgicos, como os Petroleiros, como os condutores dos transportes, só com essas categorias estratégicas a gente conseguiria um verdadeiro movimento para poder enfrentar essa situação.

Assim, a gente vai ter que uma eleição sindical. Estamos nos organizando para que se faça de fato a unidade da classe aqui para poder tomar esse Sindicato de novo. Nós temos chamado a Cut para ajudar a liderar esse movimento. E, a partir daí a gente pode conseguir, de fato, erguer um movimento a altura para poder contribuir nessas e outras lutas como o fora Bolsonaro, com Lula candidato.

Vasco: beleza. Muito obrigado aí Luiz Eugênio, candidato do Partido da Causa Operária a Prefeitura de Volta Redonda no Rio de Janeiro.  Obrigado também a página que amigos do PCO que cedeu o espaço para essa entrevista. Então a gente se despede por aqui dá uma boa noite aí ao candidato também que tenha uma excelente campanha eleitoral aí na cidade operária de Volta Redonda.

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