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Capitalismo em crise

Lufthansa pode demitir 26 mil, após receber 9 bi euros de Merkel

Gigante da aviação recebe ajuda bilionária, mas não recua nas ameaças de demissão em massa.

A crise econômica se acentua nos países fundamentais do capitalismo, como a Alemanha. O importante país do consórcio imperialista mundial já vinha projetando cenários de recessão econômica desde 2019. Esse quadro foi duramente impactado pela desaceleração, ocorrida em decorrência da pandemia de COVID-19.

Demonstrando mais uma vez seu compromisso inabalável em socorrer os capitalistas alemães, o governo Merkel liberou 9 bilhões de euros (9,8 bilhões de dólares) para a empresa de aviação Lufthansa. É interessante observar a óbvia contradição entre o discurso e a ação dos defensores do “livre mercado”.

A ação de resgate corporativo foi justificada como uma tentativa de proteger os milhares de empregados da empresa alemã. Como se o destino dos trabalhadores estivesse inevitavelmente atrelado ao destino dos seus patrões.

Menos de um mês depois do bilionário socorro, a manobra financeira mostra que qualquer ajuda aos capitalistas só beneficia aos próprios. Na última quarta-feira, uma porta-voz da empresa admitiu que a empresa considera demitir até 26 mil funcionários. Este número representa um aumento de mais de 150% em relação à previsão de 10 mil demissões anunciada há algumas semanas.

Nada difícil de prever, inclusive porque o acordo não abordava a necessidade de manter os postos de trabalho. Ou seja, o discurso do governo alemão de “proteger os empregos” era pura demagogia para justificar a transferência de dinheiro público para os capitalistas.

Se o governo tivesse como central a preocupação em manter seus cidadãos empregados poderia estatizar a empresa, por exemplo, absorvendo assim tanto o capital quanto os encargos trabalhistas.

Aliás, vale lembrar que essa gigante da aviação comercial, surgida em 1926, foi privatizada há pouco mais de duas décadas, em 1997. Mais um exemplo de grande empresa estatal entregue às mãos dos parasitas capitalistas, que não exitam em pedir mais ajuda estatal diante da crise sistêmica.

Os trabalhadores alemães não podem confiar nesse governo que espalha miséria pelo mundo, inclusive dentro da própria Europa. Não será com negociações burocráticas, nas quais algumas categorias têm oferecido até a redução de 45% dos próprios salários, que os trabalhadores terão qualquer vitória sólida. 

É preciso mostrar a força da classe operária alemã para garantir a manutenção dos empregos e salários. Para reverter a ameaça de demissões em massa é preciso pressionar ocupando os aeroportos e unidades de manutenção de aviões da Lufthansa.

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