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Cultura e crise capitalista

Livros serão tarifados na reforma tributária

"Chicago boy' Paulo Guedes inventa taxação de livros em proposta de reforma tributária

Em nota no portal da internet do jornal golpista O Globo, o jornalista Ancelmo Gois denuncia o Chicago boy Paulo Guedes por inventar, disfarçadamente, taxação de 12% sobre o comércio de livros no projeto de reforma tributária do governo federal encaminhado ao congresso na última terça-feira (21). Segundo o fascista, essa taxa substituiria os tributos de PIS e Cofins. No entanto, lembra Gois, desde 2003, tais tributos não são cobrados no comércio de livros. Não há nada que deva ser substituído. Desta forma, o inimigo do povo está inventando mais uma forma de onerar a população para, mais satisfatoriamente, dar dinheiro para seus senhores: os patrões. Quando não é assassinada pela PM nas cercanias de suas casas, a classe operária já está apertando o cinto enquanto não morre de fome sob o ataque do governo golpista. No entanto, o povo também precisa de livro, cultura até para a luta por sua libertação dos parasitas que a exploram. Um dos maiores instrumentos fabricados na história dessa luta foi justamente um livro, O Capital, estudado no detalhe por Lênin, o mais bem-sucedido líder revolucionário socialista de todos os tempos. Para a classe operária, cultura ultrapassa até a necessidade de entretenimento para ter papel na organização de seus mais radicais e conscientes esforços por uma sociedade mais justa do ponto de vista dos explorados. 

Além disso, a cultura recebe, proporcionalmente, muito pouco repasse orçamentário. No caso específico do teatro de pesquisa na cidade de São Paulo, uma conquista da classe artística foi a Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo (2002). A lei é estudada mundialmente, beneficia a população ao permitir ingressos, no mínimo, subsidiados, mas a verba anual prevista por ela não chega aos vinte milhões de reais. Fora o fato de esse dinheiro ser disputado por centena de grupos, ultimamente, a Lei de Fomento tem sido atacada por um grupelho de artistas reacionários, inimigos do povo, que se aproveitam do favorecimento de um estado fascistóide como o nosso atualmente. 

Voltando à nota de Ancelmo Gois, ele opõe a taxação de livros – medida desestimuladora da disseminação da cultura – a ostentação de repertório cultural por parte do próprio Guedes. Ele lembra uma fala do ministro do governo golpista na famosa reunião ministerial de 22 abril. Na ocasião, o farsante diz ter lido o erudito economista burguês John Maynard Keynes três vezes, e na língua original. Essa ostentação aparece quando o ministro está justificando a reforma da previdência com um monte de leituras que ele fez. Quem vê erudição não vê interesse de classe. Martin Heidegger, reconhecido como um dos filósofos mais influentes na Europa no século 20, se filiou ao partido nazista logo em 1933, colaborou na expulsão de professores judeus da Universidade de Freiburg e defendia publicamente o nazismo. 

Tudo o que não é dinheiro para os tubarões capitalistas o estado burguês tenta regular ao máximo. Num regime fascistóide como o  nosso isso piora, pois o objetivo é justamente descontar na população as crises capitalistas acumuladas de 2008 para cá. No caso da cultura, área que um governo reacionário pode relegar a terceiro, quarto, último plano, tem o agravante dos trabalhadores que atuam no setor. Aquele manipulador de malabares e bolinhas no trânsito pode ser também um artista de rua que não desenvolve sua carreira em espaços interiores. Imagina agora, na crise sanitária, como está para ele sobreviver? Há diversas campanhas de cesta básica para artistas na atual crise.

 

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