A liga brasileira de vôlei terminou o primeiro turno com 83 atletas infectados pelo Coronavírus. A Superliga masculina teve início no dia 31 de outubro, e a feminina, em 9 de novembro. Desde então, 83 atletas tiveram a doença (55 mulheres e 28 homens) e 30 partidas foram adiadas, 20 delas pela competição feminina, segundo levantamento da CBV.
Mas mesmo que nenhum atleta tenha morrido as pessoas que estão envolvidas diretamente com o esporte, massagistas, roupeiros, auxiliares, e toda comissão técnica foram expostos ao vírus, desses que trabalham fora das quadras não se sabe a situação.
Além dos casos ocorridos na Superliga todos os outros torneios profissionais ou amadores tiveram pessoas contaminas, a maioria delas entrou no cômputo geral de casos, e não se sabe quantos morreram vítimas da doença.
Alguns atletas profissionais mesmo não sendo obrigados optaram por usar a máscara para impedir a contaminação, casos de jogadores com filhos pequenos e com problemas de saúde motivaram o maior cuidado por parte desses jogadores.
Devemos lembrar que os jogadores em sua maioria são jovens e possivelmente não sofrerão as conseqüências mais graves da doença, mas eles estão no topo da pirâmide, e tem o poder de disseminar o vírus para todos a sua volta, familiares, amigos e pessoas em contato direto com eles.
Os atletas são obrigados a viajar constantemente por meio de transporte onde o risco de contrair o vírus é ainda maior.
Mesmo sabendo dos riscos a CBV prefere os ganhos financeiros gerados pelos torneios, financiados pelos capitalistas, do que suspender ou mesmo cancelar a Superliga.
Toda a sociedade esta sendo obrigada as voltar com suas atividades mesmo com o risco de vida que isso representa.
Os cartolas como não tem que poder o pé na quadra e ficam seguros em suas casas obviamente não terão nenhum problema.
Caso algum atleta venha a falecer que se coloque outro no lugar, afinal o Brasil é o país do Vôlei.
Nos moldes do faz o governo federal as confederações de esportes subordinadas de forma indireta ao golpista Jair Bolsonaro, seja através de suas diretorias direitistas ou em razão de patrocínios de empresas estatais não dão a mínima inportância para a saúde dos atletas e dos trabalhadores do esporte.
A CBV é muito eficiente na hora de punir atletas que se manifestam, mas inoperante na hora de proteger os atletas que lhe dão tanto lucro.
A solução individual de alguns atletas de se protegerem melhor, usando mascaras durante os jogos não resolve o problema geral e o risco de contágio deles próprios, pois a forma de contaminação do vírus ainda é pouco conhecida, mas já se sabe que existem várias formas de contágio, e ela não acontece apenas pelo ar.
A liga dos atletas, não só do vôley, mas de todos os esportes devem denunciar e exigir a suspensão dos torneios até que se possa vacinar todos os atletas, e a população de modo geral, logicamente.