Em seu Twitter, Feliciano Valencia, representante da Organização Nacional Indígena da Colômbia (Onic) no parlamento local, denunciou que havia sofrido um atentado contra a sua vida na manhã desta quinta-feira (29). Por mais que não tenha sofrido nenhum dano à sua integridade física, o ataque feito à Valencia representa a continuidade da perseguição que o estado fascista de Iván Duque tem feito contra as populações indígenas e do campo.
Valencia já foi acusado pelo Estado colombiano por aplicar a justiça indígena contra soldados do exército do país, cumprindo prisão sob essa acusação, demonstrando que já é tido como um inimigo do governo golpista e, por conseguinte, alvo deste tipo de ação fascista.
O modus operandi do governo já é conhecido, afinal de contas, desde a assinatura de acordo de paz entre o estado e a FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), mais de 200 indígenas foram assassinados. Finalmente, quem realiza esse tipo de atentado é, nada mais nada menos, que grandes latifundiários e paramilitares ligados diretamente à Ivan, demonstrando uma verdadeira ofensiva contra o povo que visa unicamente a manutenção da ordem política vigente.
É importante lembrarmos a trajetória que a Colômbia teve desde o começo deste ano. As lideranças indígenas e a população do campo, além de sofrerem pelo coronavírus, consequência direta da negligência do estado, foram alvo de verdadeiras operações fascistas conduzidas pela extrema-direita colombiana. Não podemos esquecer os diversos massacres que ocorreram somente em 2020, com dezenas de mortos em um cenário verdadeiramente sanguinolento.
Desde o golpe, orquestrado pelo próprio imperialismo, a Colômbia se tornou um estado genuinamente fascista e policialesco. A quantidade de mortes conduzidas pela extrema-direita tem aumentado cada vez mais e, além disso, partidos e organizações operárias têm tido seus direitos completamente esmagados.
É isso que a administração de Ivan Duque significa: uma verdadeira ofensiva contra a classe operária de conjunto. Deve ficar claro que o governo colombiano não passa de um fantoche da política de dominação imperialista, diretamente responsável por centenas de milhares de mortes ao redor de todo o mundo.
Finalmente, é preciso denunciar categoricamente o que vem acontecendo na Colômbia. Acima de tudo, a população precisa se mobilizar e por um fim ao governo fascista de Duque, acabar com o processo golpista que se aprofunda cada vez mais e, acima de tudo, tomar o poder para a própria classe operária. No final, somente os trabalhadores conseguem gerir o Estado de forma a garantir que as reivindicações do povo sejam atendidas.
A política de que a reversão do golpe se dá por meio das urnas é completamente falaciosa e nociva aos trabalhadores e, nesse sentido, é dever das direções do movimento operário colocaram o direcionamento de ir às ruas e, de uma vez por todas, expulsar o imperialismo da Colômbia.