A questão da liberdade do ex-presidente Lula é a luta pela garantia dos direitos democráticos, atacados e suprimidos constantemente pelo regime golpista e pelo governo do fascista Jair Bolsonaro.
É uma luta democrática, progressista, contra a consumação de um regime de extrema-direita com cada vez mais características fascistas.
Afinal, como este diário vem escrevendo há anos, se um ex-presidente da República e líder mais popular da história do País é tão facilmente preso e mantido no cárcere, qualquer cidadão poderá ser preso ilegalmente e estará aberta a prisão política em massa de qualquer trabalhador.
Além de ser a luta por um direito democrático básico contra as arbitrariedades do Estado dominado pelos golpistas, a luta pela liberdade de Lula faz parte da luta popular contra a direita, contra a burguesia e contra o imperialismo.
No Brasil, como na maioria dos países atrasados, a luta democrática é inseparável da luta revolucionária. Sendo assim, a luta democrática pela liberdade de Lula e de todos os presos políticos se insere na luta geral encabeçada pela classe operária pela emancipação social, que significa a luta pela revolução socialista como horizonte.
Obviamente, não se pode passar por cima da realidade. A luta democrática é uma etapa da luta revolucionária, um trecho do mesmo caminho.
A luta democrática pela liberdade de Lula, como vem sendo demonstrado com o acirramento da luta de classes, a polarização política e os atos de rua, é uma bandeira que mobiliza milhões de trabalhadores. E, se tem essa capacidade de mobilização, movimenta e eleva a consciência política desses.
Esse movimento de massas se mostra também com uma tendência à ampliação quando vemos a indignação popular contra Bolsonaro e o regime golpista. Tanto as exigências pela liberdade de Lula quanto pelo Fora Bolsonaro têm um potencial explosivo.
E é justamente a mobilização dos trabalhadores o motor da história. Com a polarização e o acirramento da luta de classes, essa mobilização tem a possibilidade de libertar Lula, derrubar Bolsonaro e derrotar o golpe, colocando os trabalhadores como importante e talvez principal força política, abrindo caminho para a luta concreta e imediata de um governo da classe operária.