O instrumento do árbitro eletrônico, popularmente conhecido como VAR -também chamado de Video Ajeita Resultado pelos torcedores- foi mais uma vez alvo de polêmica em partido pelas semi-finais da Libertadores da América, confronto entre Santos e Boca Juniors, na Argentina, no estádio da Bambonera, que terminou por 0 a 0.
Commenbol divulga audio do VAR
A Commenbol por causa da pressão chegou a divulgar o audio entre os assistentes do vídeo e o juiz Roberto Tobar, em que dizem que ”não houve nada” e ”foi um choque de jogo”. Marinho recebeu lançamento dentro da área do Boca Juniors e foi derrubado pelo zagueiro Izquierdo já sem a disputa da bola. O árbitro Robeto Tobar sequer foi ao monitor avaliar o lance, mas conversou sobre a jogada com os analistas de vídeo, que eram Juan Gabriel Benitez, Eduardo Gamboa e Milciades Saldivar.
Esta ferramenta de novo controle maior sobre o esporte, paralisando as partidas, derrubando toda a dinâmica do próprio futebol, irritando as torcidas, não serve apenas para isso, mas para literalmente definir o destino dos jogos, interferindo em lances chave, com critérios próprios, em alguns lances aparecendo e em outros não sendo utilizado, tudo depende da conveniência do momento.
Odiado até pela imprensa burguesa
VAR é tão odiado que até jornalistas da imprensa burguesa como na Folha de São Paulo, o correspondente esportivo Vitor Guedes denunciou: ”A não marcação da penalidade contra a equipe azul e Amarilla só surpreende os Jênios com J maiúsculo que defendem o lixo do VAR, negacionistas que, apesar dos fatos reiterados e em HD, mantém o discurso mentiroso de que a tecnologia traz justiça. Bom, só se for a “justiça” (literalmente cega) com j minúsculo de alguns países por aí… O 0 a 0 foi decidido pelo apito. O Peixe, melhor, foi operado pela tecnologia. Essa culpa eu também não carrego!”
Em transmissão do jogo, o comentarista e ex-boleiro Neto que comentava a partida instantaneamente disse ”isso é uma vergonha, um assalto.” O narrador Ulisses Costa pedia que o VAR fosse acionado, e então ele foi, mas os três patetas da salinha do ar condicionado definiram que foi tudo normal. Segue o jogo.
Argentinos precisam vencer
Mais uma vez o futebol brasileiro é roubado contra os argentinos. Como este Diário denuncia frequentemente, não é do interesse da Commenbol e dos grandes tubarões capitalistas que controlam o futebol que algum time brasileiro, seja Palmeiras ou Santos, vença o torneio de maior expressão da América Latina, a Libertadores da América.
Finalmente, tudo isso mostra o acerto da política do PCO em relação ao VAR: é preciso denunciar este instrumento como o que realmente é: uma farsa utilizada pelos grandes capitalistas para controlar o destino dos jogos
Nada mais do que isso, sem relação alguma com qualquer tipo de moralização do esporte, sendo acima de tudo, resultado de poderosos interesses econômicos, oriundos dos grandes monopólios do ramo esportivo, que operam em todo o planeta e controlam os negócios bilionários que cercam o futebol.