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Liberdade para Lula: no próximo sábado, todos à Plenária Nacional Lula Livre! Inscreva-se!

Quer se juntar à luta contra o golpe? Participe da Plenária Nacional Lula Lula Livre em São Paulo no próximo sábado (16)! A plenária foi definida no último dia 30 em reunião da Frente Brasil Popular por representantes de diversos partidos de esquerda e organizações populares, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Central de Movimentos Populares (CMP), e reunirá militantes de todo o país para articular um plano de lutas contra os golpistas, pela libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pela autodefesa dos trabalhadores.

Por que priorizar a bandeira da Liberdade para Lula?

A perseguição, criminalização e neutralização sistemática de lideranças e organizações de esquerda está no cerne da ação fascista – quer ocorra ela fora ou dentro do governo. No golpe em andamento no Brasil, a burguesia sempre buscou manter o governo do Partido dos Trabalhadores dentro de certa disciplina. Para isso, já em 2005, ainda no segundo ano do primeiro mandato do PT no poder, com o chamado Escândalo do Mensalão. Em 2013, os dirigentes do PT, José Dirceu e José Genoíno, dentre outros, foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal(STF) e presos. Era o início da efetivação da perseguição sistemática da esquerda. Logo em seguida, em março de 2014, foi criada a chamada Operação Lava-jato, chefiada pelo Mussolini de Maringá, Sérgio Moro. Sob clara direção externa, a Lava-jato se tornou o carro chefe tanto do desmonte de importantes setores da economia nacional, como a Petrobrás e as empreiteiras que executavam obras para elas. Acima de tudo, porém, a operação é o carro-chefe da criminalização do PT e de todas as organizações populares.

Desde então, ficou claro que o troféu máximo desse braço judicial do golpismo seria a prisão de Lula. Inventaram-se acusações estapafúrdias contra o ex-presidente – incluindo a posse de um apartamento no Guarujá e de um Sítio em Atibaia, que teriam sido recebidos como suborno. São evidentemente processos judiciais fraudulentos, carentes de qualquer prova real que incrimine Lula. A palavra de ordem desde então era Não à prisão de Lula, e nessa campanha se engajaram os setores mais combativos da esquerda até o seu encarceramento, em 7 de abril de 2018.

Desde então, a bandeira de Liberdade para Lula passou a representar, dentro do campo da esquerda, a intransigência frente ao avanço do golpe, a absoluta descrença em qualquer processo institucional conduzido pelos golpistas, quer sejam judiciais, quer sejam eleitorais. Com os três Poderes da República tomados pelos golpistas, não há qualquer sentido em apostar na derrota do golpe por meio de acordos de camarilha, próprios da barganha política da direita.

A força política real da esquerda não está na institucionalidade, não está em processos judiciais viciados, não está em eleições fraudadas, mas sim na mobilização real da população até um ponto em que a esfera institucional se veja obrigada a ceder ante a mobilização popular nas ruas. Nesse contexto de golpe de Estado, quando uma liderança de esquerda propõe a subordinação integral à institucionalidade, o que propõe na realidade é a contenção da mobilização popular em benefício do golpe.

Foi capitulação ao golpe o lançamento da candidatura de Fernando Haddad nas eleições após interdição da candidatura de Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral. É capitulação ao golpe advogar a legitimidade do mandato de Jair Bolsonaro, como se o processo eleitoral que o produziu não houvesse sido fraudado. É capitulação subordinar de antemão a mobilização popular a qualquer processo eleitoral futuro, provavelmente até mais fraudulento que o de 2018. À medida em que grupos da esquerda se movem dessa maneira para a direita, os setores mais à esquerda, mais ligados à classe trabalhadora, se mobilizam pela liberdade de Lula, como parte de uma polarização interna dentro da própria esquerda. Tal polarização pode levar à derrota de um dos lados ou à cisão com os setores mais centristas.

Por isso mesmo, cumpre aos setores mais conscientes promover uma nova ofensiva nas ruas contra os golpistas. O fascismo avança na perseguição de toda a esquerda, nas reformas do governo Bolsonaro que prometem acabar com todos os direitos do povo brasileiro, desmontar o Estado, privatizar e entregar todo o patrimônio nacional. A luta pela liberdade de Lula não é jurídica, mas política. Enquanto Lula, como liderança política que é, permanecer preso, os ataques às organizações populares tendem a se aprofundar brutalmente. Por outro lado, se o governo Bolsonaro mostra uma fraqueza e uma desagregação pouco usuais para um início de mandato, é sinal de que a hora da mobilização e da luta pela liberdade para Lula e pelo Fora Bolsonaro é agora.

Por isso, inscreva-se já na Plenária Nacional Lula Livre! Organize seu comitê de luta contra o golpe, crie uma caravana! Vamos todos a São Paulo definir um plano definitivo para derrotar os golpistas nas ruas!


Plenária Nacional Lula Livre

Sábado, 16 de março de 2019, 9h-18h
Auditório do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo
Rua Thomaz Gonzaga, 50 – Liberdade
São Paulo, SP
Inscrições neste link.

 

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