Nota oficial do Partido da Causa Operária
Julian Assange, fundador do site WikiLeaks foi preso no dia 11 de abril, na embaixada do Equador em Londres, onde estava abrigado desde 2012, quando o então presidente equatoriano Rafael Correa lhe concedeu asilo político.
A perseguição contra Assange é promovida pelo imperialismo norte-americano, em razão da divulgação por ele de documentos secretos do governo e das forças armadas dos Estados Unidos.
Diversas acusações foram forjadas contra ele. Chegou a ser acusado de estupro na Suécia, processo posteriormente arquivado. Na época, a propaganda oficial imperialista era de que esse era o motivo de sua prisão, uma tática muito comum da burguesia, que é esconder a perseguição política usando acusações de crimes comuns.
Desde aquele momento o Partido da Causa Operária vem denunciando o caráter político da perseguição contra Assange e pedindo sua liberdade.
Assange foi preso porque revelou ao mundo os horrores da guerra do Iraque e do Afeganistão, além de vários outros segredos que o imperialismo não queria que fossem revelados.
Vale a pena destacar, nesse caso, o papel dos governos do Equador e do Reino Unido, que agem como súditos dos Estados Unidos. O presidente equatoriano, Lenín Moreno, que permitiu que a polícia inglesa entrasse em seu território para prender Assange, é um verdadeiro traidor, que assumiu graças ao apoio de Rafael Correa para depois o trair, prendendo o vice-presidente Jorge Glass e obrigando Correa a se refugiar na Bélgica.
Esse fato mostra também a importância dos golpes que esse país tem promovido ao redor do globo, criando uma rede de colaboradores para suas políticas criminosas. Brasil, Equador, Paraguai, Honduras e tantos outros, abandonaram todos os esforços para levar adiante uma política minimamente independente do imperialismo, de cooperação mútua entre os países atrasados etc. para se transformarem em serviçais desse mesmo imperialismo.
O PCO chama toda a esquerda e os setores democráticos e progressistas a reivindicar a liberdade de Julian Assange e denunciar a perseguição promovida pelo imperialismo norte-americano contra ele.