O presidente golpista equatoriano, Lenín Moreno, declarou em rede nacional que decretou o estado de exceção no país, fechando os serviços públicos, excerto saúde, segurança e outras dos quais “os ministérios decidam manter abertos”.
Além disso, o presidente ordenou “toque de recolher entre nove da noite e cinco da manhã”, impondo uma medida de repressão ao povo ao mesmo tempo que o governo não avança um passo na questão da saúde.
O governo golpista do Equador passa neste último período por uma grande impopularidade, sofrendo uma série de mobilizações populares e greves gerais. Com a explosão da pandemia no país, que já atinge dezenas de pessoas, o governo passou a decretar uma série de medidas de contensão.
Tais medidas são comuns durante este tipo de crise, no entanto, no caso de Moreno elas também servem para abrir portas para uma força presença ditatorial dos órgãos de repressão. Em tese, após aprovar estado de exceção o governo tem o “direito” de suspender a liberdade de reunião, censurar os meios de comunicação, alterar sede do governo, mobilizar as forças armas, a polícia nacional, além de poder alterar a sede do governo, antecipar cobrança de tributos e ainda restringir uma série de direitos políticos.
Ou seja, usando o pretexto do coronavírus, Lenín Moreno pretende impor uma ditadura no Equador, impedindo que o povo proteste contra toda a crise que está sendo jogada nas costas do trabalhador.