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América Latina se levanta

Leia a declaração oficial do PCO sobre a urgência de mobilizar o povo

O Partido da Causa Operária levanta uma série de argumentos mostrando que essa é a hora da do Brasil se levantar contra o controle do imperialismo e os golpistas que os representam

Da redação: Leia a declaração oficial do Partido da Causa Operária sobre o atual momento de mobilizações por toda a América Latina e que, consequentemente, serve de inspiração para o povo brasileiro ir às pela derrubada dos golpistas e pela urgência de libertar Lula da prisão ilegal, que foi a conclusão do golpe que se iniciou em 2016. Por um governo revolucionário e operário, pela soberania do Brasil:

 

AMÉRICA LATINA MOSTRA O CAMINHO É HORA DE SAIR ÀS RUAS

Estamos diante de uma mudança na situação política, que se expressa principalmente na América Latina, mas que tem caráter mundial. A primeira grande manifestação se deu em Haiti, espalhou-se para Porto Rico, que levou à queda do governador indicado pelo governo norte-americano, e depois para o Equador, contra o presidente Lenin
Moreno, e a revolta em Honduras e no Chile. O Chile, apresentado até o momento pela direita como modelo de sucesso econômico, foi e continua sendo o ponto alto da onda de mobilizações, que conformam um quadro bastante amplo de revoltas populares.

Todas elas têm características parecidas. Têm um fundo social, mas também um caráter político. Do outro lado, a reação também é semelhante: repressão e resistência tenaz do imperialismo contra as manifestações. Uma crise mundial Essas revoltas não se restringem à America Latina. Com características diferentes também há crise na
Argélia e no Sudão e uma crise extraordinariamente grande no Iraque, relacionada com o imperialismo. Mas o caso mais marcante de todos, inclusive em comparação com a América Latina, é o da Catalunha, onde há uma mobilização gigantesca, que sacode a região pelas raízes, com participação de toda a população.

No panorama político geral, há também uma franca desagregação do sistema político mundial. Tanto
os governos tradicionais da direita dos principais países europeus estão em crise, como mais recentemente
produziu-se um deslocamento eleitoral na Hungria e Polônia contra extrema direita que se encontra no governo desses países. Ou seja, ampliando bastante a análise geral da situação é possível constatar que estamos dentro de uma turbulência política muito grande de caráter mundial. Uma nova etapa da crise capitalista. A primeira conclusão é que há uma deterioração política e econômica extraordinariamente grande produzida pela crise capitalista de 2008, e que se arrasta desde então, e seus efeitos estão explodindo agora de forma agressiva e violenta.

O imperialismo gastou uma quantia inacreditável de dinheiro para impedir que a crise se aprofundasse
ainda mais, mas ela não foi nem de longe superada. Nesse momento, as análises, inclusive da burguesia, estão de acordo ao assinalar que a economia capitalista está numa fase de recuo bastante acentuada. As perspectivas de crescimento estão sendo diminuídas em todos os países e, logicamente que no marco geral de retrocesso econômico já de décadas, esse recuo está mostrando que estamos entrando em uma nova etapa de crise generalizada. As manifestações recentes, portanto, tem como uma de suas bases fundamentais a crise capitalista geral, que não tem perspectiva de ser superada nem a curto nem a longo prazo.

Uma segunda conclusão é de que a crise tem um caráter político que é indissociável das reivindicações sociais e da reação à crise econômica. Nesses 11 anos, o que temos assistido é uma intensificação da luta de classes. na América Latina, por exemplo, contra a ascensão dos governos de esquerda, houve um crescimento da extrema direita e uma ofensiva golpista do imperialismo. Uma luta política O acirramento da luta de classes com base na crise.

O acirramento da luta de classes com base na crise econômica leva a que os problemas econômicos adquiram caráter diretamente político. No Chile, a mobilização começou por motivos econômicos e se desenvolveu em uma mobilização contra o presidente direitista. No Equador, as massas não foram para um mero protesto, mas sim para ocupar o Palácio Presidencial. O governo teve que se mudar da capital, tamanho o assédio das massas, mostrando o caráter político da manifestação. Em Honduras, a manifestação é francamente contra a ditadura que
se estabeleceu depois do golpe de 2009, que inaugurou a época de golpes na América Latina. E assim por
diante.

É importante destacar que o mundo vive uma intensa polarização. Esta foi impulsionada pela direita e o Brasil é um claro exemplo desse fato. Aqui havia o governo do PT, que procurava estabelecer uma política de paz social por meio da conciliação. A direita derrubou o governo e o país ficou profundamente polarizado desde o momento em que o golpe de Estado foi colocado em marcha. Os Estados Unidos, o Equador, a Argentina e dezenas de outros países também estão polarizados, pois a situação que havia antes de consenso social, de conciliação entre os diversos partidos, seja com a direita ou com a esquerda no poder, se dissolveu totalmente, dando lugar a uma intensificação da luta de classes. A luta vai se intensificar Não é possível superar essa polarização. A situação tende a se desenvolver com novas e inclusive maiores convulsões sociais. Essa etapa só será resolvida com alguma saída política especial. A etapa anterior, de mobilizações como o argentinaço, a mobilização na Bolívia etc. foi superada com a ascensão de governos de esquerda que levaram adiante uma política de pacificação.

Essa alternativa não está mais disponível. Uma demonstração é o caso da Bolívia, onde Evo Morales ganhou as eleições no primeiro turno e isso deu lugar a uma reação do imperialismo, que disse que a eleição foi fraudada e está procurando fazer uma política com a que foi levada adiante na Venezuela. Ou seja, a tendência geral, ainda que com idas e vindas, não vai no sentido de uma confluência, pacificação ou conciliação de classes, mas a uma intensificação da luta política. O único caminho. Alguns setores da esquerda pequeno-burguesa questionaram as mobilizações, com receio de que fossem prejudiciais à democracia. É um medo da mobilização popular, que explica a rejeição por parte dessa mesma esquerda da palavra de ordem de “Fora Bolsonaro”.

Além disso, é preciso deixar claro que não existe democracia nesses países. Além de nunca ter existido de fato, hoje vivem sob regimes repressivos, como é o caso do próprio brasil. As mobilizações são, de fato, o que de mais democrático e progressista aconteceu na América Latina nos últimos anos. A saída só pode vir dessa revolta. É o único caminho. Felizmente, contra a direita temos o povo e os trabalhadores. As manifestações mostraram que estamos diante de um movimento político, não meramente reivindicativo, não uma greve setorial ou movimento parcial. Em todos os lugares se respira a ideia de que é preciso combater esses governos direitistas, impostos
pelo imperialismo. É preciso desenvolver essa luta.

Os que falam que não se deve levantar o “Fora Bolsonaro” estão na contramão da tendência geral. É preciso essa grande mobilização popular de características revolucionárias para derrubar os regimes, que são de oligarquias, agentes do imperialismo, banqueiros internacionais. As eleições não vão restaurar uma democracia que nunca existiu. Uma eleição não muda a trajetória geral do País, nem produz transformação profunda na sociedade. A mobilização sim produz. É preciso ter claro que, mesmo com idas e vindas, a situação vai ser definida através de um crescimento cada vez maior da luta entre o povo, em particular os trabalhadores, e a burguesia, em particular o imperialismo. No Brasil, devemos reivindicar não apenas a saída de Bolsonaro e de todos os golpistas, como também a liberdade de Lula, parte necessária da luta contra o golpe e a direita.

• Fora Bolsonaro e todos os golpistas

• Liberdade para Lula Já!

• Eleições gerais Já, com Lula livre e Lula
candidato

• Anulação de toda as condenações da
criminosa Lava Jato e cancelamento de
todos os processos contra Lula

• Assembleia Nacional Constituinte, livre
e soberana, com representantes de
todos os setores explorados e de suas
organizações de luta

• Colocar abaixo os governos da direita e
lutar por governos dos trabalhadores da
cidade e do campo em todos os países

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