Da Redação – A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, arquivou o inquérito contra o tucano Aécio Neves sobre seu envolvimento com remessa de dados bancários falsos à CPMI dos Correios, em 2005 e 2006, considerando que “não há, no momento, suporte fático e jurídico para dar continuidade à investigação”.
O inquérito foi aberto para apurar se o tucano e outros políticos teriam praticado o crime e se teria havido conivência do então presidente da Comissão, o então senador Delcídio Amaral, de modo a beneficiar Aécio Neves e Clésio de Andrade, governador e vice de MG, na época. A investigação teve base na delação premiada de Delcídio na Operação Lava Jato. Ele afirmou que o Banco Rural ‘operaria relações financeiras ilícitas entre Marcos Valério e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais’.
Aécio e Clésio, segundo Delcídio, temiam que tais informações fossem repassadas para a CPMI dos Correios.
Ao arquivar o inquérito, a procuradora-geral enfatizou ‘ausência de justa causa para ação penal e inexistência de outras diligências úteis’.
É evidente que, se não fosse tucano, haveria vontade de encontrar uma justa causa para a ação penal prosseguir.