Neste domingo (21), foi encontrado morto Cezar Silvestri, ligado à gestão de Beto Richa (PSDB). A suspeita é de suicídio, jogando-se do vigésimo segundo andar do prédio onde morava. Silvestri já foi deputado, chefe da Casa Civil e secretário de Desenvolvimento Urbano. Recentemente, presidiu agência reguladora de serviços de infraestrutura paranaense.
Silvestri passou a ser investigado pela Lava-Jato este ano, na Operação Integração, que acusa o governo Richa de manter relações de favorecimento com empreiteiras de rodovias paranaenses. Comprovando-se a hipótese de suicídio, trata-se do segundo caso envolvendo investigados da Lava-Jato. O primeiro foi o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina.
Acontece que a Lava-Jato já mostrou que seus serviços não visam combater corrupção. Trata-se de uma operação deflagrada para abrir espaço ao capital internacional no país. Para isso, eles precisam desmontar as empresas nacionais e os grupos que as mantêm. Os verdadeiros corruptos não são punidos, tendo as penas reduzidas após acordos de delação premiada, no qual ajudam a forjar acusações contra os verdadeiros alvos.
A Lava-Jato é um braço do capital norte-americano que opera no meio jurídico brasileiro, e precisa ser eliminada. Não podemos nos iludir por ela também perseguir políticos “de direita”. Seu modus operandi é enfraquecer a base produtiva nacional, ou seja, burguesia local e organizações operárias, para abrir espaço ao domínio dos monopólios estrangeiros.
Fonte: Nocaute