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Lava Jato sempre foi bolsonarista, mostram novos vazamentos

A informações reveladas pelo vaza-jato dessa sexta-feira deixam claro a relação próxima entre Sérgio Moro e Jair Bolsonaro já no período eleitoral de 2018. Nesse período, Moro e Dalagnol já faziam lobby junto a Bolsonaro para a indicação de Vladimir Aras para a Procuradoria Geral da República (PGR), dando como certo a posse de Bolsonaro e, em consequência, a indicação de Moro ao Ministério da Justiça. 

“Fala com Moro sobre minha candidatura à PGR. Com Bolsoaro eleito, vou me candidatar”, escreveu Aras a Dallagnol que questionou o objetivo de Aras com o pedido: “Pedir apoio dele quando for ministro do STF? Rs”. Após horas de diálogo, chegara a conclusão sobre o apoio da a Aras a PGR. Sobre isso, Dallanol afirmou: “conseguimos articular sua indicação (…) temos várias pessoas pra chegar lá”. 

Nesse diálogo pode-se notar com clareza a correlação natural entre Sérgio Moro e o então candidato a presidência, que viria a ganhar as eleições, Jair Bolsonaro. Essa relação, negada por ambas as partes na situação da indicação de Moro ao superministério da Justiça por Bolsonaro, já era reconhecida pela base lava-jatista do governo golpista.  Isso deixa patente o conluio político da operação lava-jato a fim de garantir a vitória de Bolsonaro como presidente, situação em que já estariam estabelecidos os cargos a serem ocupados pelos agentes dessa fraude, segundo a própria afirmação jocosa de Dallagnol na fala acima transcrita: Moro, que impediria Lula de concorrer as eleições garantindo a vitória de Bolsonaro, ganharia o cargo de superministro. 

As articulações políticas para a indicação de Aras ao PGR continuaram no Supremo Tribunal Federal (STF) e no congresso após a posse de Bolsonaro como presidente a fim de fortalecer a ala da lava-jato no governo, a qual já possuia 19 membros diretos da operação no Superministério da Justiça, Fachin e Fux no STF. Além do “Fachin é nosso” e do “in Fux we trust”, portanto, com Aras, estaria indicada a ocupação política também da PGR. Nesse sentido, se desenvolveram os senguintes diálogos entre Aras e Dallagnol em 5 de abril: “Estou com Fachin agora”, disse Dallagnol, “Sala de espera do gabinete. “Dá uma força com ele”, pediu Vladimir Aras. 

Dallagnol respondeu: “Não tenho WhatsApp dele, mas só da Paula. Opções: 1) mandar uma msg pra Paula e pedir pra transmitir a ele 2) ligar pra ele acho estranho ligar pra isso, pode talvez até ficar ruim o resultado 3) esperar uma oportunidade em que encontre ele para falar disso mas não temos nada no radar imediato… teríamos que criar oportunidade nos próximos meses”.“podemos fazer o “1”e trabalhar no 3 sem pressa”. 

Dallagnol também garantiu a inserção de Aras em um jantar com Moro e Luís Roberto Barroso: 

“Tem um jantar no domingo, às 19:30, com associados do cdpp [Centro de Debate de Políticas Públicas] e mais uns pesos pesados. Barroso e Moro estarão no jantar e no lançamento. Você está convidado, te passo as coordenadas amanhã”, escreveu o procurador em 19 de março.

Além disso, Dallagnol disse em mensagem ter contactado os ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e André Mendonça, da AGU (Advocacia-Geral da União) sobre a candidatura de Aras em 15 de abril do ano corrente. Já em 28 de fevereiro, Deltan convidou Aras para um almoço para apresentar o senador Eduardo Girão. Pediu discrição a Vladimir: “mantenha com Vc por favor”. Depois reforçou: “Importante manter isso discreto Vlad […] Por varias razões”. Girão então enviou uma lista de 20 congressistas a serem contactados, dentre eles os senadores Eduardo Braga (MDB-AM); Humberto Costa (PT-PE); Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE); Alvaro Dias (Podemos-PR) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

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