O golpe de Estado de 2016, embora tenha sido concretizado nas sessões da Câmara dos Deputados e do Congresso Nacional, não teria conseguido se sustentar até agora se não fossem as ajudas do Poder Judiciário e do Ministério Público. Obstinadas em prender o ex-presidente Lula e “limpar o terreno” para o imperialismo destruir o Brasil, os membros da chamada “Operação Lava Jato” vêm escancarando cada vez mais os interesses políticos por trás de suas ações.
Na última segunda-feira, o procurador regional da República Maurício Gotardo Gerum declarou, em resposta à recomendação da ONU para que Lula tivesse o direito de se candidatar, que “a clareza da situação fática e do texto legal não enseja dúvida que precise ser dirimida pelo Poder Judiciário”. Ou seja, o Ministério Público, em mais uma arbitrariedade, determinou que a candidatura de Lula fosse impugnada e que isso sequer fosse julgado.
O Ministério Público não tem nada a ver com as eleições – para isso, existe o TRE e suas instâncias subalternas. Assim, o interesse do procurador em determinar a inelegibilidade de Lula mesmo sem ter a competência para isso demonstra claramente que a Lava Jato está sedenta pela impugnação do ex-presidente.
A Lava Jato foi criada para prender o ex-presidente Lula e demais inimigos do imperialismo. Por isso, é necessário que os trabalhadores se mobilizem contra o golpe e exijam o fim da Operação Lava Jato,